“Condições desumanas”, denuncia Zelensky após invasão russa a Mariupol
Na noite desta terça-feira, em pronunciamento gravado, o líder da Ucrânia afirmou que a cidade está sem o a comida, água e remédios
atualizado
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Horas após a invasão russa a Mariupol, cidade portuária, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou que a situação no local é “desumana”.
Na noite desta terça-feira (22/3), em pronunciamento gravado, o líder da Ucrânia afirmou que a cidade está sem o a comida, água e remédios.
“Vamos lutar o máximo que pudermos. Até o fim e com todas as nossas forças”, frisou.
Mariupol, cidade portuária no sul ucraniano, teria sido invadida por tropas russas na tarde desta terça-feira (22/3), pelo horário de Brasília. Segundo autoridades do país, 100 mil pessoas estariam na região e não conseguiram fugir.
De acordo com informações publicadas por agências internacionais de notícias, Mariupol – área considerada estratégica pela Rússia, por sua posição geográfica – estava cercada, mas os militares não teriam conseguido entrar na cidade.
A Human Rights Watch descreveu a cidade como “uma paisagem infernal congelante repleta de cadáveres e prédios destruídos”. Segundo o governo ucraniano, 93% das residências foram devastadas pela guerra.
Autoridades locais disseram que duas bombas grandes foram atiradas na direção da cidade. Para eles, os russos teriam a intenção de dizimar Mariupol.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, afirma que civis não estão conseguindo fugir de Mariupol devido à falta de corredores humanitários.
Em declaração à imprensa internacional, ela disse que o bombardeio das forças russas impediu que equipes de resgate assem o local.
Sitiada
A Rússia ainda não confirmou a entrada em Mariupol, mas tem reiterado que não executa ataques contra civis. No fim de semana, o governo ucraniano descartou a possibilidade de entregar a cidade para tropas do Exército russo. A Rússia queria que a rendição ocorresse até 7h dessa segunda-feira (21/3).
Mariupol é o último grande centro ucraniano a resistir na faixa entre a Crimeia e o território russo, e está sob ataques constantes e em colapso.
O guerra avança pelo 27º dia de conflito. Russos e ucranianos ainda não encontraram um consenso para pactuar o acordo de cessar-fogo.
Ministros dos dois países adiantaram, nesta terça, suas expectativas para os próximos dias. A Rússia cobrou celeridade nas negociações de paz. Na contramão, a Ucrânia acredita em, ao menos, mais três semanas de bombardeios.
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