Biden reduz penas de quase 2,5 mil condenados
Com essa medida, Biden deixa o governo com o maior número de perdões e abrandamentos emitidos por um presidente na história dos EUA
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos Joe Biden, em sua reta final no cargo, anunciou nesta sexta-feira (17/1) que abrandará penas de quase 2,5 mil pessoas condenadas por crimes não violentos relacionados a drogas. Biden destacou que emitiu mais perdões e abrandamentos individuais do que qualquer antecessor.
- Biden se tornou o presidente que mais emitiu perdões presidenciais a condenados.
- Biden enfrentou críticas por perdoar seu filho, Hunter Biden.
- Nesta segunda-feira, 20 de janeiro, Donald Trump assume a presidência dos EUA.
Ao defender sua decisão, Joe Biden afirmou que estava apenas corrigindo “sentenças desproporcionalmente longas em comparação com as sentenças que receberiam hoje sob as leis, políticas e práticas atuais”.
Segundo a declaração emitida pela Casa Branca, a medida concede clemência a indivíduos que foram condenados com base em distinções desacreditadas entre crack e cocaína em pó e em penalidades desatualizadas para crimes relacionados a drogas.
Em dezembro de 2024, Biden abrandou sentenças de 37 dos 40 presos federais no corredor da morte convertendo-as em prisão perpétua sem liberdade condicional.
Ainda em dezembro, o presidente perdoou 39 pessoas condenadas por crimes não violentos e abrandou as sentenças de quase 1,5 mil outras que cumpriam longas penas de prisão.
Críticas a Biden
Joe Biden enfrentou duras críticas por perdoar seu filho, Hunter Biden, que se declarou culpado de violações fiscais e foi condenado por acusações relacionadas a armas de fogo.
As maiores crítica vieram dos advogados de defesa e dos grupos de direitos civis que intensificaram os esforços para destacar casos convincentes e lançaram campanhas para ajudar aqueles que acreditavam ter sido condenados injustamente ou estarem cumprindo penas excessivas por crimes não violentos.