Balão chinês coletou informações de bases militares dos EUA
De acordo com jornal, balão “espião” chinês conseguiu coletar informações militares e transmitir, em tempo real, para Pequim
atualizado
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O balão “espião” chinês que sobrevoou o espaço aéreo dos Estados Unidos (EUA) em fevereiro conseguiu coletar informações de várias bases militares “sensíveis” norte-americanas, de acordo com o jornal NBC News. O objeto tinha a capacidade de ar dados por meio de sinais eletrônicos.
Duas autoridades do alto escalão e um ex-funcionário do governo dos EUA confirmaram a coleta de dados sigilosos pelo balão chinês. Segundo as três fontes, o governo da China era capaz de controlar o artefato e transmitir, em tempo real, as informações coletadas para Pequim.
Eles ainda informaram ao jornal que o balão utilizava, principalmente, sinais eletrônicos para coleta de dados — que podem ser captados de sistemas de armas ou incluir comunicações do pessoal da base, em vez de fornecer imagens.
As três fontes afirmaram que o governo chinês poderia ter reunido “muito mais inteligência de locais sensíveis se não fosse pelos esforços do governo [dos EUA] para contornar potenciais alvos e enfraquecer a capacidade do balão de coletar os sinais eletrônicos”, impedindo eles de transmitir ou emitir sinais.
O jornal disse que o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, recusou-se a responder as perguntas sobre que tipo de sinais eletrônicos ou comunicações o balão poderia ter ado.
Após o Pentágono derrubar o dispositivo, por suspeita de espionagem, o governo dos EUA afirmou que o balão tinha capacidade para monitorar sinais de comunicação. No entanto, a China negou diversas vezes que o balão era um aparato espião.
Entenda o caso
Em 2 de fevereiro, um balão foi flagrado sobrevoando o território aéreo dos Estados Unidos (EUA). A pedido do presidente Joe Biden, o Pentágono derrubou o objeto por suspeita de espionagem.
A tensão entre EUA e China aumentou depois da acusação de espionagem. A visita a Pequim do Secretário de Estado estadunidense, Antony Blinken, chegou a ser adiada. O governo de Xi Jinping garantiu que o dispositivo é usado exclusivamente para fins meteorológicos, e que teria saído da rota original.
O Pentágono, no entanto, não aceitou a explicação. “O propósito do balão é, claramente, de vigilância”, disse um oficial americano, que não quis se identificar.