Alemanha indica sanção militar à Rússia em caso de invasão à Ucrânia
Chanceler alemão, Olaf Scholz, reafirmou apoio aos ucranianos, pediu diálogo com os russos e alertou para possíveis atritos em caso invasão
atualizado
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A Alemanha reafirmou o apoio à soberania da Ucrânia e prometeu sanções militares caso a Rússia invada o território do país do leste europeu. Os Estados Unidos, durante o fim de semana, fizeram o mesmo tipo de alerta.
Nesta segunda-feira (14/2), o chanceler alemão, Olaf Scholz (foto em destaque), visitou Kiev, capital da Ucrânia, e fez novos alertas contra a Rússia. Ele foi recebido pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy. Os líderes conversaram por duas horas.
“Continuaremos a ajudar a Ucrânia a continuar essa operação política [de evitar a invasão] nesse momento. Trabalhamos de forma confidencial e também com a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]”, afirmou.
Na terça-feira (15/2), Scholz vai se reunir com o presidente russo, Vlir Putin. O entendimento da Alemanha é que a atividade militar na fronteira significa uma ameaça. A Rússia cercou a Ucrânia em três pontos.
“Nós pretendemos ter um diálogo com a Rússia sobre segurança. Os EUA deixaram bastante claro a proposta e aguardamos do lado russo uma resposta”, adiantou o chanceler.
Esse é o momento mais tenso da disputa entre os dois países. O imbróglio teve início com a exigência do governo russo de que o Ocidente não aceite a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — uma aliança de 30 países liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
O presidente ucraniano agradeceu o apoio da Alemanha, demonstrou preocupação com a escalada da tensão e concluiu: “Temos formas diferentes de avaliar algumas questões hoje”, destacou, se referindo à Rússia.
Atividade militar
Os Estados Unidos fizeram um alerta para o que chamaram de “intensificação” da atividade militar da Rússia na fronteira com a Ucrânia.
Na tentativa de evitar a invasão da Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ameaçou o presidente russo, Vlir Putin, com “sanções severas”.
Na sexta-feira (11/2), a rede pública americana PBS News informou que Putin havia decidido pela invasão e já teria comunicado seu veredito às Forças Armadas.
O governo russo afirmou que capturou um submarino nuclear americano perto da ilha Urup, arquipélago das Curilas. A informação foi confirmada neste sábado (12/2) pelo Ministério da Defesa da Rússia. Segundo o governo russo, a embarcação ignorou o aviso para deixar as águas territoriais do país.