Alemanha autoriza Ucrânia a usar suas armas contra o território russo
Governo da Alemanha anunciou a liberação de ataques contra o território da Rússia utilizando armas transferidas pelo país
atualizado
Compartilhar notícia

O governo da Alemanha liberou ataques da Ucrânia contra o território da Rússia com armas de origem do país. A decisão foi divulgada pelo chanceler alemão, Frederich Merz, nesta segunda-feira (26/5).
De acordo chefe da diplomacia alemã, a decisão vai possibilitar que o país liderado por Volodymyr Zelensky possa “se defender”. Ele sugeriu, por exemplo, o uso de armas da Alemanha para ataques contra instalações militares russas. O que, há alguns meses, não era permitido, já que forças ucranianas podiam atacar apenas posições russas dentro da própria Ucrânia.
Merz ainda acrescentou que Reino Unido e França também se juntaram a decisão.
“Não há mais restrições quanto à gama de armas entregues à Ucrânia, nem pelo Reino Unido, nem pela França, nem por nós”, declarou o chanceler durante entrevista à rede estatal WDR.
A decisão acontece dias após uma visita do chanceler da Alemanha à Ucrânia, ao lado de lideranças do Reino Unido, Alemanha, Polônia e França. Segundo Merz, o assunto de liberação foi tratado durante reunião entre Volodymyr Zelensky, Keir Stamer, Donald Tusk e Emmanuel Macron.
Anteriormente, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) já havia dado sinal verde para a Ucrânia atacar a Rússia com armas transferidas por países do bloco. No entanto, o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, ponderou que a decisão de liberar, ou não, o uso de armamentos contra o território russo teria que partir de cada nação membro do bloco militar.
Em novembro do último ano, o governo dos Estados Unidos, então comandado por Joe Biden, anunciou a liberação do uso de armas de longo alcance contra o território do país liderado por Vladimir Putin.
Esta era uma reivindicação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. E vista pela Rússia como uma participação direta de aliados da Ucrânia no conflito. Por isso, o governo russo classificou a recente decisão anunciada pela Alemanha como “perigosa”.