Com Virgílio apagado, Doria e Leite pregam otimismo em prévias tucanas
Os governadores do Rio Grande do Sul e de São Paulo são os favoritos para saírem como candidatos do PSDB
atualizado
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Os governadores Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e João Doria, de São Paulo, demonstraram otimismo ao chegar no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, onde as prévias PSDB estão sendo realizadas. Os tucanos, neste domingo (21/11), escolherão o nome que concorrerá ao Palácio do Planalto em 2022. A previsão é que o resultado seja divulgado às 19h.
Tanto Doria quanto Leite foram recebidos por claques de militantes do partido. Já o terceiro postulante, o Arthur Virgílio, ex-senador e ex-prefeito de Manaus (AM), teve recepção mais comedida. Os dois governadores votaram antes do início da abertura oficial do evento.
“A democracia é isso: respeitando o voto, respeitando a liberdade, respeitando o direito de todos os seus filiados votarem e escolherem o seu candidato à Presidência da República”, disse Doria.
Já o governador gaúcho afirmou ter sentido uma “energia boa” e que tem “confiança na vitória”. “É assim que estamos”.
Para Artur Virgílio, as prévias demonstram um novo começo para o PSDB trilhar até as eleições do ano que vem.
“Não é um quadro de derrota, ao contrário: é um quadro de recomeço, de recomeço brilhante. Eu lembro da última convenção e ela era de chorar de pena, por parecer que o partido estava indo para o cemitério. Agora eu vejo o partido renascendo”, afirmou.
Presencialmente, apenas dirigentes tucanos e mandatários – com exceção de vereadores – podem votar nas urnas cedidas pela Justiça Eleitoral. Esse número é de 700 nomes, entre governadores, prefeitos, vices, senadores, deputados federais, deputados estaduais.
Os demais filiados participam do pleito por meio de um aplicativo criado exclusivamente para registrar cada um dos 44.700 tucanos que se cadastraram para votar pela internet.
“90% de todos os detentores de mandatos do PSDB se cadastraram pra votar. Nós estamos falando 100% dos senadores, deputados federais, 100% estaduais, 100% dos governadores, 92% de prefeitos e vice-prefeitos, 90% dos vereadores e os outros 39 mil, que significam eleitorado maior do que cinco mil municípios brasileiros”, disse o presidente nacional da sigla, Bruno Araújo.
Segundo o cacique tucano, a decisão de realizar prévias para a escolha de candidatos “não tem mais volta”. “Daqui para frente, é isso dentro do PSDB e a gente espera que outros partidos aliados ou que disputam porções políticas conosco ingressem nessa mesma posição de democratizar essas decisões”, continou.
Racha interno
Para Bruno Araújo, embora o partido esteja dividido entre as duas possíveis candidaturas, não significa que o racha interno perdure até o processo eleitoral do ano que vem.
“Eleição não é confraria. Eleição é disputa. Agora nós temos até agosto, que são as convenções do ano que vem, para construir os entendimentos. A senhora Hillary [Clinton] entrou numas prévias certa que seria escolhida e foi derrotada por um negro. Barack Obama levou meses pra compor. João Doria e Bruno Covas tiveram embates duríssimos e Bruno foi vice do Doria. Então, o escolhido de hoje tem de demonstrar maturidade e liderança, no sentido de ter capacidade de construir e lamber as feridas internas, unir o partido e unir o campo do centro”, avaliou.
