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Nomes, como Alex Atala, Helena Rizzo, Felipe Bronze e o próprio Claude Troisgros, saíram das cozinhas e aram a estar na mídia. Alguns com programas próprios e outros com participações fixas em atrações já existentes. 5 imagensFechar modal.1 de 5A baunilha de Madagascar hoje em dia é mais barata que a do Cerrado2 de 5O jambu, muito utilizado na gastronomia paraense, não é tão ível fora de seu local de origemReprodução/ Instagram3 de 5Claude TroisgrosReprodução/ New Mag4 de 5A chef Helena Rizzo, atualmente jurada no Masterchef, utiliza diversos produtos regionais em seus restaurantesReprodução5 de 5Os ingredientes locais que Alex Atala evidencia acabam tendo aumento em seu valorRafaela Felicciano/Metrópoles Em paralelo, felizmente, começaram a movimentar-se para valorizar o local, o regional, retomando o estratégia descrita anteriormente. Bacana? Sim! Mas algo estranho aconteceu. 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Chefs famosos acabam elitizando ingredientes e não valorizam origem

De um tempo para cá, os itens regionais foram enaltecidos, mas isso foi positivo?

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Na década de 1990, o chef Claude Troisgros fez um comentário, não exatamente com essas palavras, com o seguido sentido: que é mais fácil encontrar no mercado ingredientes de cozinha tipicamente italiana do que os verdadeiramente brasileiros. Ele estava certo. Quem tem mais de 30 anos lembra o martírio que era encontrar qualquer hortifruti nos mercados. Fora de suas regiões originais, claro.

Claude e Carla Pernambuco foram os pioneiros no movimento e começaram a utilizar ingredientes brasileiros em seus restaurantes, usando, predominantemente, a técnica clássica sa. Foi um sucesso, mas não ou de um hit local, no eixo Rio de Janeiro e São Paulo, sem expandir para todo o país.

Os programas de televisão apresentados por chefs se popularizaram e começaram a surgir estrelas com milhares de seguidores nas redes sociais. Nomes, como Alex Atala, Helena Rizzo, Felipe Bronze e o próprio Claude Troisgros, saíram das cozinhas e aram a estar na mídia. Alguns com programas próprios e outros com participações fixas em atrações já existentes.

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O jambu, muito utilizado na gastronomia paraense, não é tão ível fora de seu local de origem
Claude Troisgros
A chef Helena Rizzo, atualmente jurada no Masterchef, utiliza diversos produtos regionais em seus restaurantes
Os ingredientes locais que Alex Atala evidencia acabam tendo aumento em seu valor
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Em paralelo, felizmente, começaram a movimentar-se para valorizar o local, o regional, retomando o estratégia descrita anteriormente. Bacana? Sim! Mas algo estranho aconteceu. A maioria dos ingredientes usados por eles está disponível fora de suas regiões, e com preços absurdos (alguns enfrentam aumentos até na origem).

Se eu tiver que chutar a razão, diria que é pela natureza do trabalho desses chefs. Seus programas avam apenas na TV a cabo, que atinge uma porcentagem muito pequena (e mais elitizada) da população. E suas casas são todas gastronomia de alto nível, onde não se gasta menos de R$ 200 para uma refeição completa (mesmo naquela época).

O resultado foram itens, como baunilha do cerrado, cupuaçu, jambu, vinagreira e até mesmo nosso cacau nativo, com preços que não condizem com o seu consumo. A baunilha do cerrado, em especial, é mais cara que a produzida em Madagascar, que está sob risco de extinção.

Grande parte disso também ocorre porque os chefs am a comercializar os produtos sob suas marcas. Consequência? Quem compra são as classes mais altas, e os produtores, obviamente, optam por fornecer a essa parcela da população (embora o ree para não acompanhe os preços praticados nas prateleiras).

Uma solução para isso seria, ao meu ver, a adição desses itens em programas de gastronomia de televisão aberta, para que a informação chegue a outras camadas da população. Paralelamente, um programa governamental de valorização, incentivo e divulgação para todas as classes. A valorização do local tem que parar de ser algo de iniciativa particular e tornar-se um plano oficial, como ocorre em outros países que fazem o mesmo.

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