10 dicas para aproveitar o Restaurant Week sem cair em armadilhas
Provamos 10 menus do festival gastronômico que chega à última semana. Há boas oportunidades a serem aproveitadas e outras, evitadas
atualizado
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Para dar uma luz aos indecisos, provamos alguns dos cardápios e avaliamos as possibilidades de várias das casas participantes. Baseados nisso, listamos 10 dicas úteis para quem quiser aproveitar os últimos dias do festival sem cair em ciladas.
Bla’s (406 Norte)
O Bla’s tem a vantagem de oferecer no RW, a R$ 43,90, um menu de almoço que servido normalmente sairia a R$ 59,90. Uma pechincha. Mas a demora no atendimento, com enorme espaço entre uma etapa e outra, tira o prazer da refeição. De qualquer forma, a casa traz propostas criativas, como a pancetta suína ao teryaki e a torta de pastel de Belém. No prato principal, Sabor de Sertão, o feijão do baixão de dois poderia ter sido um pouco mais cozido. Provamos menu de almoço (R$ 43,90).
Vale? Mais ou menos… Só se você estiver com bastante tempo disponível.
Capim Dourado (Setor Hoteleiro Norte)
Localizado no Hotel Grand Mercure, o restaurante tem proposta de oferecer um cardápio com muita brasilidade. E isso é seguido no menu do RW. Se o molho fosse um pouco menos doce, o filé de pirarucu recheado (foto acima) com farofa de castanhas do pará ao molho de laranja e gengibre com legumes sauté seria perfeito. Os tomates mornos da salada Hot Caprese também são deliciosos..A sobremesa, sorvete de milho verde com canela, não acompanha o nível da refeição. Provamos menu de almoço (R$ 43,90.
Vale? Sim, pela comida e para conhecer uma boa casa que a despercebida por estar em um hotel.
C’est la Vie
O C’est La Vie estreia bem no RW, investindo num menu criativo e sem mesquinharia (o gateau de chocolate é a sobremesa mais farta do festival); no filé chateaubriand (foto acima), a carne vem muito macia, bem acompanhada por um aveludado purê de mandioquinha e um molho barbecue diferente, mais ácido. Mas os camarões da entrada estavam frios, murchos e emborrachados. Foram o ponto fraco da refeição acima da média. Provamos menu de jantar (R$ 54,90).
Vale? Sim, mas peça atenção na entrada. E aproveite: a garrafa de Estancia Mendoza (R$ 72) tem 20% de desconto para quem pedir o menu do RW.
O Contemporâneo (Águas Claras)
Há algo de errado num menu que tem carne de entrada e prato principal. É o caso do menu de jantar do Contemporâneo no RW. Tem um espetinho de filé na entrada e filé no principal. Mas o curioso é que, em nossa ida ao restaurante, na hora do almoço, foi servido o menu de jantar. Isso sem qualquer aviso ao cliente. E também foi cobrado R$ 68 e não R$ 55, como deveria ser. Infelizmente, só percebemos a troca (e a cobrança) mais tarde. Um descaso que o sabor da comida não compensa.
Vale? Não, respeito ao cliente é essencial em qualquer restaurante, mesmo nos pretensamente suntuosos.
Cru Balcão Criativo (Setor de Clubes Esportivos Sul)
Sem o chef Lui Veronese, o Cru parece ainda mais longe da proposta inicial de servir prioritariamente preparos que não precisariam ir ao fogo — daí o nome da casa. Ainda é possível sentir o gostinho da ideia original no tiradito tropical (tiras de peixe branco com molho pesto e lâminas de coco verde), mas de prato principal a opção é risoto ou… risoto. Bem feitinho, é verdade. Pelo menos o de filé salteado (foto acima) a moda peruana com tomates frescos. Provamos menu de jantar (R$ 68)
Vale? Sim, desde que você não espere encontrar o Cru dos primeiros tempos.
El Negro
O menu oferecido pelo El Negro é interessante, mas o que chega à mesa deixa a dever em quantidade. A entrada, uma salada de folhas com quinoa e vinagrete, estava gostosa, porém, era pequena. O prato principal (vacio grelhado com purê de batatas), veio correto, mas sofre do mesmo problema: a porção não é satisfatória. Os churros da sobremesa são gostosos e no tamanho adequado. Ao preço de R$ 55, ficou caro para sair com fome do restaurante. Provamos menu de almoço (R$ 55)
Vale? Não, se estiver com muita fome.
Limoncello (402 Sul)
O Limoncello está em nova fase, com novo chef. O menu do RW é amostra de que as mudanças vieram para melhor. No ovo perfecto, servido de entrada no menu de almoço, a gema ganha uma impressionante consistência cremosa. O lombinho ao funghi, vem desmanchando, com musseline de abóbora caramelizada com gengibre e farofa de limão siciliano igualmente perfeitos. A sobremesa, muito doce, destoa. Provamos menu de almoço (R$ 55).
Vale? Sim, para conhecer a cozinha refinada do chef goiano Wilian Mateus.
Oliver (Setor de Clubes Sul)
No Oliver, o menu de almoço do RW é ótima chance de provar uma das marcas registradas da casa, a paella (foto acima). A valenciana é servida em porção bem generosa e fumegante. Se já conhece a paella, vá de espaguete à bolonhesa sem susto. A receita clássica é executada com primor. Um ou outro prato podem ser antecedidos por um correto ceviche de peixe branco. Provamos menu de almoço (R$ 55).
Vale? Sim, para provar receitas clássicas bem executadas.
Sagres (316 Norte)
O Sagres também oferece sua especialidade, o bacalhau. São duas receitas no almoço e duas no jantar. O à lagareiro, servido só à noite, vem numa posta suculenta coberta com lâminas de alho bem sequinhas e crocantes. Dispensável o arroz, bastavam as batatas ao murro. As sugestões de entrada e sobremesas são muito simples, mas o principal compensa. Provamos menu de jantar (R$ 54,90).
Vale? Sim, se aprecia um tradicional bacalhau português em um ambiente de tasca.
Vila Tevere (115 Sul)
Risoto é uma das especialidades do Vila Tevere. No RW, a casa inclui uma receita do prato no jantar: risoto de tangerina com lulas e camarões ao vinagrete quente e perfume de framboesa (foto acima). É bom, embora pudesse ser ainda melhor se feito com sumo fresco da tangerina em vez de Tanjal. A tortinha de cebola e bacon da entrada também é uma delícia. Provamos menu de jantar (R$ 68).
Vale? Sim, principalmente se ainda não conhece o bonito e romântico ambiente do Vila Tevere.
Colaborou: Luiz Prisco.