Estudo afirma: uniformes desconfortáveis atrapalham mulheres em jogos
A pesquisa realizada na universidade de Sydney diz que as roupas curtas e muito coladas podem limitar o rendimento das jogadoras nas competições
atualizado
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Quem acompanha os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro certamente reparou nos uniformes das mulheres atletas. Muito colados e desconfortáveis eles geram polêmica pelo tamanho e comprimento.
Por que usar uniformes assim? Estudiosos afirmam que as roupas têm atrapalhado a performance feminina em outras edições dos jogos. Este ano, na Rio 2016, as atletas do vôlei e da ginástica estavam vestidas com menos roupas que os homens da mesma modalidade.
O pesquisador Joger Knijnik, da universidade de Sydney, afirma que a visão da sociedade sobre as mulheres, como se elas precisassem parecer atraentes o tempo todo, prejudica o desempenho delas na competição.
“Elas não podem ser muito fortes, têm que ser heterossexualmente atraentes, com cabelos compridos, usando batom e saia fora das quadras. Isso é um peso para elas que se esforçam para lidar com a cobrança extra de feminilidade perfeita”, explica.
Nesta semana, o site Ticketbis questionou: “Será que o público está realmente interessado no esporte? Nos jogos deste ano os esportes ginástica, vôlei de praia e hóquei sobre a grama foram as categorias de ingressos mais vendidos. O que os três têm em comum? Atletas com uniformes curtos e a maioria de homens na plateia.”
Historicamente, os uniformes femininos sempre foram menores, valorizando e dando ângulos a algumas partes íntimas das mulheres. O pesquisador conclui: “Historicamente, as mulheres já foram proibidas de praticar diversas atividades físicas devido a mitos científicos. Como isso foi caindo por terra, o negócio agora é tentar controlar o corpo feminino por meio da ultrassexualização”.