Ex-diretora do Náutico denuncia gestor por assédio sexual
Tatiana Roma abriu queixa contra Errisson Melo, irmão do presidente Edno Melo, por importunação sexual e crimes contra a honra
atualizado
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Tatiana Roma, ex-diretora da mulher e de operações do Náutico, denunciou Errison Rosendo de Melo, atual superintendente financeiro do clube e irmão do atual presidente executivo, Edno Melo, por assédio sexual e moral.
A ex-funcionária utilizou suas redes sociais para expor os assédios, registrados também em um Boletim de Ocorrência. Foram apontados crimes de importunação sexual (pena de um a cinco anos de reclusão) e contra a honra, como injúria (um a seis meses de detenção, ou multa), calúnia (seis meses a dois anos de detenção, e multa) e difamação (três meses a um ano de reclusão, e multa).
“No começo eram só o que alguns homens consideram como brincadeiras de mau gosto. Eu percebi que ou para um problema maior no dia em que cheguei ao clube e Errison estava me esperando e me perguntou se eu gostava de sexo a três. Eu não respondi e subi. Isso foi a primeira. Depois houve várias desse tipo”, afirmou, em entrevista ao GE.
“Teve um dia em que estava com uma blusa em que aparecia um pouco o meu ombro e ele disse que minhas sardas davam tesão nele e que ele não conseguia se concentrar no que eu estava falando com ele. Outra vez, em frente a outro funcionário, ele perguntou se eu conhecia o motel Lemon. E aí foi uma escalada. Com outras funcionárias, ele fazia questão de trocar de roupa na frente delas, trocava de blusa. Coisa desse tipo”, completou Tatiana.
Sem ter sucesso nas investidas, Tatiana também contou que Errisson partiu para ofensas morais, querendo desmerecê-la. “Quando ele viu que não conseguiria, começou a fazer o que, para mim, por incrível que pareça, é ainda pior. Ele começou a me atingir moralmente. Começou a me chamar de idiota, me esculhambar. O custo de um jogo, por exemplo, era de R$ 6 mil, e ele me dava R$ 500 e mandava eu me virar. Ele começou a querer me diminuir para ver se conseguia o que ele queria. Chegou na frente de um funcionário de segurança privado e disse para não fazer nada que eu mandasse porque eu era uma imprestável.
Segundo Tatiana, antes de procurar a polícia, ela ouviu outras cinco funcionárias do clube, das quais quatro também relataram terem sido vítimas de assédios sexuais proferidos por Errisson Melo.