Muitas corridas, circuitos alternativos e adeus. Como será a volta da F1?
Fórmula 1 deve ter grandes prêmios em locais que previamente não receberiam provas
atualizado
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Em meio a adiamentos e cancelamentos, a Fórmula 1 espera, enfim, dar a largada para a temporada 2020 na Áustria. O Grande Prêmio de Spielberg será o sinal verde da principal categoria do automobilismo mundial que terá inúmeras mudanças no calendário. Até mesmo circuitos que não faziam parte da organização original da temporada estão sendo cogitados por Chase Carey, o poderoso chefão da categoria atualmente.
Já se sabe que as etapas da Austrália, de Mônaco e da França não serão disputadas neste ano. Outras, que viriam antes da corrida do dia 5 de julho, ganharam novas datas e serão espalhadas no calendário que promete ser bastante conturbado. Nem mesmo o Grande Prêmio do Brasil, marcado para o distante feriado de 15 de novembro, teve as vendas de ingressos iniciada. Os concorridos bilhetes para o evento só serão colocados à venda quando se houver uma definição sobre o calendário da Fórmula 1.
Em meio a indefinição da categoria em 2020, Chase Carey já deixou claro que esta temporada é a grande prioridade da categoria. A definição sobre o calendário 2021, que tem até mesmo o GP Brasil como incógnita, será discussão posterior.
“À medida que avançamos no calendário de 2020 e finalizamos as mudanças regulatórias com as equipes, voltaremos novamente a concluir o acordo no futuro”, afirmou o norte-americano em conferência com investidores.
Até mesmo uma nova corrida na Áustria no dia 12 de julho está sendo cogitada pela cúpula da Fórmula 1. A intenção da categoria é ter de 15 a 18 etapas nesta temporada. Ainda não há datas definidas para todas elas.
A temporada 2020 também marcará o adeus do alemão Sebastian Vettel da Ferrari. A escuderia confirmou nesta terça-feira (12/05) que ela e o piloto seguirão caminhos opostos a partir de 2021.
“Um tipo de caos”
Piloto da Red Bull Racing, Daniel Ricciardo usou uma forma peculiar para explicar o que espera desta temporada da Fórmula 1.
“(Vai ser) alguma forma de caos, espero que de maneira controlada. Não estou dizendo que vão ter carros em todos os lugares. Mas haverá muita ferrugem para ser tirada e uma combinação de emoção, excitação e ansiedade (…) Você vai ter alguns caras que conseguem ir bem com esse nível de adrenalina e outros não. Então, vão ter ultraagens ousadas e outras mal calculadas. Você vai ver um pouco de tudo, certamente”, declarou o australiano.
Para viabilizar a realização da corrida na Áustria, a Fórmula 1 pretende criar uma espécie de “biosfera”. As pessoas envolvidas nas disputas ficarão isoladas e não terão contato prévio com alguém que tenha sido infectado pelo coronavírus. Além disso, elas serão testadas a cada dois dias.
“Estou animado pelo que estou vendo e ouvido que conseguiremos prover um ambiente seguro. Todos serão testados e liberados antes de irem para o paddock. E aí a cada dois dias, eles serão novamente testados já dentro do paddock. O teste será feito por uma autoridade competente e vamos manter esse sistema pelo menos em todas as corridas da Europa”, explicou Ross Brown, diretor-técnico da Fórmula 1.
Corridas virtuais
Enquanto não se reúnem condições para que o circo da Fórmula 1 possa voltar a viajar pelo mundo, uma alternativa cibernética foi encontrada para ajudar fãs e pilotos a superarem a quarentena. Com a participação não só de competidores da categoria, mas de jovens promessas e até do goleiro do Real Madrid, Thibaut Courtois, e o atacante do Manchester City, Sergio Aguero, Grandes Prêmios virtuais têm sido disputados. As corridas contam até com transmissão ao vivo.