Gloria Pires e Mateus Solano criticam alta de impostos para artistas
Se aprovada, a nova alíquota faria a classe artística pagar 34% de taxas, mais do que o dobro da tributação atual
atualizado
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Os globais Gloria Pires e Mateus Solano comentaram a proposta de mudança no Imposto de Renda, encaminhada pelo governo federal à Câmara dos Deputados no último dia 25 de junho. Afetados diretamente, os atores questionam a aplicação da nova alíquota que, se aprovada no pacote da reforma tributária, irá dobrar a taxação da classe artística.
“Não faz sentido cobrar tributos dos artistas com uma alíquota tão absurda. Se nenhuma outra categoria precisa pagar tanto, por que cobrar excessivamente desse grupo">
No texto atual, trabalhadores de todas as áreas, contratados no sistema de PJ (pessoa jurídica), arcam com uma alíquota que varia de 6% a 20% ao ano. A cobrança depende da atividade e do faturamento, já que se enquadra na taxação pelo lucro presumido, um regime tributário simplificado.
No projeto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do ministro da Economia Paulo Guedes, o profissional que “tenha como atividade ou objeto principal a exploração de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz” aria a ser taxado pelo lucro real, no mesmo regime PJ. Desse modo, a medida atinge atores, cantores, compositores, escritores, autores e locutores, entre outros.
“Por que exclusivamente a minha profissão deve ter taxação maior que todas as outras? O que ela tem de diferente em relação aos advogados, médicos e engenheiros?”, cobra Mateus Solano. Atualmente, o lucro real é uma forma de cobrança usada apenas para grandes empresas ou instituições financeiras, como bancos e operadoras de crédito. O novo imposto faria com que a classe artística tivesse que pagar 34% de taxas, mais do que o dobro da tributação atual.
Entenda o que mais muda com a reforma do Imposto de Renda, aqui.