Covid-19: artistas do DF homenageiam vítimas com performance na Rodoviária
Ação realizada nesta segunda (01/06) busca também promover olhar especial para os artistas da capital que ficaram desamparados na pandemia
atualizado
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Com o objetivo de homenagear as famílias que perderam entes queridos para o novo coronavírus (Covid-19) e promover um olhar especial aos artistas que sofreram impactos econômicos com a pandemia, diversos profissionais de cultura do Distrito Federal se juntaram em performance realizada na Rodoviária do Plano Piloto, na tarde desta segunda-feira (01/06).
“A ‘vigília silenciosa’ é um despertar para o olhar de várias necessidades dos artistas que estão sofrendo demasiado e principalmente um acalento para essas famílias que perderam seus entes queridos”, conta Débora Aquino, coordenadora geral da performance.
Batizada de Quem Partiu é Amor de Alguém, a performance reuniu diversos profissionais de cultura do DF em uma marcha silenciosa – respeitando as medidas de segurança –, que teve o gramado da área leste da Rodoviária do Plano Piloto como ponto de encontro. Lá foram soltos cerca de 100 balões em homenagens às vítimas da Covid-19 – que chegou aos 29.314 mil, de acordo com dados divulgados nesse domingo (31/6).
Idealizado por Hugo Rodas e Débora Aquino, a marcha – a primeira de uma série de cinco ações – busca chamar a atenção para os diversas pessoas que trabalham na cena cultural do DF e am por necessidades com a pandemia. “A gente percebeu que não temos um programa para os holdings, técnicos e costureiras, por exemplo. Então, é preciso colocar uma lupa para enxergar as necessidades dessa cadeia produtiva”, explica Débora.
PL 1075
A ideia é também promover um olhar especial para a PL 1075, batizada de Lei Aldir Blanc – morto no último 4 de maio vítima da Covid-19. O Projeto de Lei visa diminuir os impactos sofridos pela classe artística com a pandemia, através de um fundo que disponibilizaria R$ 3 bilhões, reados posteriormente aos estados e municípios.
“Já vamos para 90 dias parados, fomos os primeiros a parar e certamente seremos os últimos setor a voltar. Então precisamos de um olhar carinhoso para os artistas de Brasília e do país”, ressalta Débora.
“A política do fundo de apoio a cultura é de 1999. Tivemos implementações posteriormente que colocaram a arte em grande fomento, mas estamos vendo um descaso com um setor que salva vidas, que emprega pessoas e gera renda. A gente (classe artística) não está falando em mudar um incentivo de dinheiro que vai vir do orçamento, estamos falando em modelar o orçamento – que já está nas contas da Secretaria de Cultura- para ajudar essas pessoas”, encerra a artista.