Em Chromatica, Lady Gaga volta ao pop e aposta em disco leve e dançante
/O sexto disco de estúdio da cantora foi lançado nesta sexta-feira (29/05) e traz Elton John, Ariana Grande e BLACKPINK
atualizado
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Lady Gaga prometeu e entregou: Chromatica, sexto disco de estúdio da cantora, lançado nesta sexta-feira (29/05), é a volta ao pop que a Mother Monster tinha anunciado. E vai além: é um álbum cheio de músicas candidatas a hits, faixas dançantes e todo um clima de celebração que parecia ter ficado esquecido na indústria.
Obviamente, a tendência é entrar na brincadeira e falar que Gaga salvou o pop – mas, convenhamos, o gênero não estava precisando de socorro. A artista, na verdade, parece ter compreendido a indústria atual, apostou no seu nicho, de quem gosta de um som mais dançante, menos experimental, com certas doses de saudosismo e refrões chiclete.

No pop atual, há o lado alternativo de Charli XCX, o latino de Rosalía, a mistura com o hip-hop e outras vertentes. Em Chromatica, Gaga busca agradar ao seu público fiel, como mostram faixas de pista como Rain on Me, Stupid Love e Sour Candy.
Gaga não entrega um disco de 10 anos atrás, ela atualiza a estética do pop que se acostumou a fazer. Tem, por exemplo, forte presença da sonoridade noventista com releitura contemporânea – na vibe do que trouxe Dua Lipa.
O clima dançante segue por todo o disco, como em Fun Tonight, Enigma e 911. Outro destaque do disco é Sine From Above, parceria com Elton John.
No esforço de modernização do próprio pop, a cantora se junta a uma banda de k-pop, a nova grande sensação da indústria, BLACKPINK. Sour Candy é o bom resultado desta mistura.
É difícil achar uma música ruim no disco, mesmo que, entre as 16 faixas, algumas sejam melhores que outras. Há até polêmicas artificiais – prato cheio para o uma disputa de plágio entre Vogue e Babylon. Nada mais 2011…
Chromatica pode não ser o disco que salva o pop, mas certamente traz de volta a cantora ao gênero que ela sabe fazer (e apaga o gosto amargo de ArtPop).
Avaliação: Ótimo