Crítica: Mahmundi resgata o pop da década de 1980 em disco homônimo
Em 10 faixas, ela mescla canções dos trabalhos anteriores com inéditas, sempre com a pegada pop-eletrônica e ensolarada
atualizado
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A carioca Marcela Vale, a Mahmundi, começou a carreira há pouco tempo, mas já disse a que veio. Natural de Marechal Hermes (Zona Norte do Rio de Janeiro), a cantora e compositora começou a flertar com a música atuando como técnica de som e roadie do Circo Voador. Há quatro anos, decidiu compor e lançou os ótimos EPs “Efeito das Cores” (2012) e “Setembro” (2013).
Agora, ela chega com o primeiro disco, “Mahmundi” (apelido e nome artístico de Marcela). Em 10 faixas, ela mescla canções dos trabalhos anteriores com inéditas, sempre com a pegada pop-eletrônica e ensolarada, características marcantes do trabalho da artista.
É possível afirmar que a carioca é uma melhores artistas do momento. A voz é afinada, as são letras leves e os arranjos remetem à música brasileira da década de 1980 — tornando quase irresistível as comparações de Mahmundi com Marina Lima.

Mas a cantora de 29 anos tem muito mais oferecer. A sede pelo novo de Mahmundi é perceptível nas regravações do novo disco, que mostram o esforço da artista em mostrar em algo repaginado, com arranjos bem diferentes dos originais.
Atualmente, a cantora e compositora mora em São Paulo, onde busca inspirações além-mar para os próximos trabalhos. Mahmundi não quer ficar presa à imagem de menina do Rio. Mas ela não deveria se preocupar. Para uma artista que aposta na música brasileira tendo referências de Phil Collins e Rihanna a Elis Regina e Tom Jobim, a versatilidade é inerente.
Avaliação: Ótimo.
Disponível no iTunes, Google Play, Napster, Spotify e Deezer.