Thalita Rebouças sobre novo filme: “Maísa é a Rainha do Brasil”
Quarto título da escritora a se tornar longa-metragem, a produção estreia nos cinemas de todo o país nesta quinta-feira (03/10/2019)
atualizado
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Nesta quinta-feira (03/10/2019), chegou aos cinemas de todo o país a comédia teen Ela Disse, Ele Disse. O longa-metragem, inspirado em obra literária de Thalita Rebouças, de 2010, marca a estreia da jornalista e apresentadora Fernanda Gentil nas telonas. Além de consagrar Maísa — que já atuou em Tudo Por Um Popstar (2018), como protagonista mor das produções da autora.
“Eu participei de todos os processos, principalmente da escolha do elenco. A Fernanda Gentil é minha amiga há anos e eu acho ela a cara da personagem. E a Maísa foi um presente que o cinema me deu, sou fã dela. É a Rainha do Brasil”, explica Rebouças, em entrevista ao Metrópoles.
Dirigido por Claudia Castro, o filme traz as perspectivas dos protagonistas Rosa (Duda Matte) e Leo (Marcus Bessa), dois adolescentes que precisam se adaptar ao primeiro ano em um novo colégio. Entre provas, amizades, bullying, crushes e as armadilhas das redes sociais, a história mostra como meninos e meninas podem sentir as mesmas coisas, mas pensar e agir de maneiras completamente diferentes. “É sobretudo sobre empatia, sobre se colocar no lugar do outro”, afirma a escritora.
Ela Disse, Ele Disse (2010) é o quarto best-seller de Thalita Rebouças a ganhar sua versão cinematográfica. Apesar de garantir não escrever pensando em roteirizar os textos, reconhece que seu estilo facilita as adaptações. “Eu gosto muito de fazer diálogos, e, normalmente, eu praticamente copio e colo sem precisar de alterações. É muito bacana de ver os leitores reconhecendo as falas, exatamente como elas leram no livro”, conta.
Com mais de 20 obras publicadas, Rebouças diz que os dramas adolescentes fornecem uma fonte inesgotável de assuntos para ela abordar em seus livros, e que não ficam datados com o ar dos anos. “As crises são totalmente as mesmas de quando eu comecei: é o crush, a festa que a mãe e o pai não deixaram ir, a preocupação com as notas na escola e com o futuro, o que fazer da vida, as escolhas…. A única coisa que mudou foi só o celular na palma da mão o tempo inteiro”, acredita.
Diversidade
Após presenciar o episódio de censura na Bienal do Rio, Rebouças diz que usará seus livros e filmes, ainda mais, em prol da diversidade. A autora, que assina obra que trata sobre preconceito e homofobia em Confissões de um Garoto Tímido, Nerd e (Ligeiramente) Apaixonado, vê com preocupação a tentativa de cerceamento da liberdade. “[A censura] foi um ato que me deixou muito triste. Ninguém pode ter medo de criar ou limitar a sua imaginação. A gente não pode andar pra trás”, conclui.