“Mostra Brasília” abre o quinto dia do Festival de Brasília
A apresentação é composta inteiramente por curtas, médias e longas produzidos aqui na capital federal
atualizado
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Começou neste sábado (24/9), no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, a “Mostra Brasília”, composta inteiramente por curtas, médias e longas produzidos aqui na capital federal.
A primeira sessão do dia começou às 11 horas, com o curta “Das raízes às pontas”, de Flora Egécia e o longa “A Repartição do tempo”, de Santiago Dellape. O cinema lotou com um público cativo de fãs, colegas, equipes e amigos, todos bem-humorados e empolgados.Dentre os slogans de “Fora Temer” habituais, o ator Andrade Júnior foi quem inovou: “Tem algum distrital aqui? O Reguffe, que vocês votaram, tá aqui? E o Cristovam, que sempre vinha? Tem juiz aqui? Desembargador? Cadê essa gente?”
Palmas e risadas ecoavam antes, durante e depois dos filmes, ambos excelentes.
Índios
Questões indígenas retornaram à tela com o curta “Juraçu”, do Coletivo Broa de Milho. Seus 12 minutos misturam entrevistas, relatos e fantasia. “Estrutural”, de Webson Dias foi o 2º longa-metragem do dia. Iniciado em 2003, o documentário retrata a criação da cidade do título, entre disputas políticas, uma istração militar em plena década de 90 e o amor dos moradores ao local em que vivem.
Com a plateia bem ativa, batendo palmas, vaiando e rindo, o clima da Mostra Brasília continuou prazeroso e descontraído, embora um pouco menos do que na sessão das 11h.
Vladimir Carvalho
A 3ª sessão da Mostra Brasília deste sábado teve a participação da figura mais veterana do cinema da capital: o documentarista Vladimir Carvalho. Desta vez, ele contou um pouco da história de Cícero Dias, pintor brasileiro que teve sua obra reconhecida desde a juventude brasileira até a maturidade na Europa, para onde mudou no período entre as duas guerras mundiais. “Cícero Dias – o compadre de Picasso” é interessante para quem conhece sua obra, mas não a sua vida, e essencial para quem não reconhece este nome.
Antes dele, veio o romântico e adorável “Vesti la Giubba”, de Johil Carvalho. A história de um idoso ranzinza que começa a relembrar a alegria ao reviver seu ado como palhaço. O curta conta toda sua história apenas com imagem e trilha sonora, sem uma palavra de diálogo.
Para esses dois últimos filmes, a plateia já estava um pouco anestesiada pelo longo dia, e a sala um pouco mais esvaziada. Porém, quem ficou foi bem recompensado pelas duas obras.