{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Metrópoles", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/metropolesdf", "https://twitter.com/Metropoles" ], "logo": { "@type": "ImageObject", "@id": "/#logo", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "contentUrl": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "caption": "Metrópoles", "inLanguage": "pt-BR", "width": "2560", "height": "2560" } }, { "@type": "WebSite", "@id": "/#website", "url": "", "name": "Metrópoles", "publisher": { "@id": "/#organization" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "ImageObject", "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2018%2F05%2F14084930%2FGettyImages-957614342.jpg", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2018%2F05%2F14084930%2FGettyImages-957614342.jpg", "width": "840", "height": "600", "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "WebPage", "@id": "/entretenimento/cinema/festival-de-cannes-godard-aos-87-anos-nao-desistiu-da-revolucao#webpage", "url": "/entretenimento/cinema/festival-de-cannes-godard-aos-87-anos-nao-desistiu-da-revolucao", "datePublished": "2018-05-14T08:50:30-03:00", "dateModified": "2018-05-14T08:50:30-03:00", "isPartOf": { "@id": "/#website" }, "primaryImageOfPage": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2018%2F05%2F14084930%2FGettyImages-957614342.jpg" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "Person", "@id": "/author/agencia-estado", "name": "Estadão Conteúdo", "url": "/author/agencia-estado", "sameAs": [ "http://institucional.ae.com.br" ], "worksFor": { "@id": "/#organization" } }, { "@type": "NewsArticle", "datePublished": "2018-05-14T08:50:30-03:00", "dateModified": "2018-05-14T08:50:30-03:00", "author": { "@id": "/author/agencia-estado", "name": "Estadão Conteúdo" }, "publisher": { "@id": "/#organization" }, "@id": "/entretenimento/cinema/festival-de-cannes-godard-aos-87-anos-nao-desistiu-da-revolucao#richSnippet", "isPartOf": { "@id": "/entretenimento/cinema/festival-de-cannes-godard-aos-87-anos-nao-desistiu-da-revolucao#webpage" }, "image": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2018%2F05%2F14084930%2FGettyImages-957614342.jpg" }, "inLanguage": "pt-BR", "mainEntityOfPage": { "@id": "/entretenimento/cinema/festival-de-cannes-godard-aos-87-anos-nao-desistiu-da-revolucao#webpage" }, "articleBody": "Nesses 20 e tantos anos em que faz a cobertura do maior festival do mundo para o jornal O Estado de S. Paulo, o repórter já teve a oportunidade de testemunhar momentos decisivos, como o grande seminário que, em 2000, abriu a discussão sobre novas tecnologias. O cinema nunca mais foi o mesmo depois daquilo. Leia também Cinema Martin Scorsese recebe prêmio no Festival de Cannes Cinema Festival de Cannes 2018: Sergei Loznitsa e seu retrato da violência Cinema “O Brasil prima pela negação”, diz diretor de Soldados do Araguaia Mesmo assim, a coletiva do filme de Jean-Luc Godard, O Livro de Imagem, no sábado, teve algo de surreal. Godard subverte o cerimonial do festival. Não faz a montée des marches, sua poltrona fica vazia. Mas ele não é Terrence Malick, que se automistifica e atribui a atores e demais colaboradores a tarefa de defender seu cinema. Godard esteve presente na coletiva, via o iPhone de seu produtor. Todo mundo teve a chance de lhe fazer as perguntas que quis, de vê-lo criticar as estruturas comerciais do cinema e o estado do mundo. Aos 87, Godard não desistiu da revolução. O próprio formato da coletiva de seu filme foi a prova. Godard, o russo Kirill Serebrennikov (Leto), o egípcio A.B. Shawky, num registro talvez mais modesto (Yomeddine), o polonês Pawel Pawlikowski, um tanto supervalorizado (Cold War, Guerra Fria), já fizeram a história do 71º festival, mas como ainda temos quase toda a semana – a premiação será no sábado –, há que acreditar nas promessas que virão. O chinês Jia Zhangke segue filmando as transformações da China no século 21 e o casal de criminosos de Ash Is the Purest White é mais interessante que o triângulo de As Montanhas Se Movem, mas o filme, por bom que seja, não é grande. Como a de Godard e a de Serebrennikov, preso na Rússia, a poltrona de Jafar Panahi também ficou vazia, mas Three Faces/Três Rostos talvez seja seu melhor filme nessa fase de exílio no seu país. Para Panahi basta um carro, depois do táxi do anterior, para que o autor coloque dentro dele todo o Irã. Como na coletiva de Godard, um celular tem papel decisivo. Por meio dele, uma estrelas da TV iraniana recebe o vídeo de um suicídio e decide procurar, com Panahi, essa garota que presumivelmente se matou. Por quê? Realidade, artifício, Panahi, nessa nova fase, vive se perguntando o que é, e para que serve, o cinema, afinal? Se o Irã, e o cinema, cabem num carro, o Brasil exige um pouco mais de espaço, mas está todo no Grande Circo Místico de Cacá Diegues, que teve a sua estreia mundial no sábado à noite. Esse circo atravessa 100 anos de história e termina roto, com as últimas descendentes de uma grande família prostituindo-se sob aquela lona. Grandeza e decadência do Brasil, mas o número final, um salto no vazio sem trapézio nem rede, metaforiza alguma coisa. Apesar de tudo, a esperança? Cacá dedicou a sessão ao cineasta Nelson Pereira dos Santos, morto há menos de um mês, em 21 de abril. Foi aplaudidíssimo. Fique por dentro! Receba notícias de Entretenimento/Celebridades no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta ar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga o perfil Metrópoles Fun no Instagram.", "keywords": "festival de cannes", "headline": "Festival de Cannes: Godard, aos 87 anos, não desistiu da revolução", "locationCreated": { "@type": "Place", "name": "Brasília, Distrito Federal, Brasil", "geo": { "@type": "GeoCoordinates", "latitude": "-15.7865938", "longitude": "-47.8870338" } } } ] }Festival de Cannes: Godard, aos 87 anos, não desistiu da revolução | Metrópolesbody { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

Festival de Cannes: Godard, aos 87 anos, não desistiu da revolução

Mestre da Nouvelle Vague fez história no evento com filme instigante e coletiva de imprensa via iPhone

atualizado

metropoles.com

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Tristan Fewings/Getty Images
godard “Image Book (Le Livre D’Image)” Press Conference – The 71st Annual Cannes Film Festival
1 de 1 godard “Image Book (Le Livre D’Image)” Press Conference – The 71st Annual Cannes Film Festival - Foto: Tristan Fewings/Getty Images

Nesses 20 e tantos anos em que faz a cobertura do maior festival do mundo para o jornal O Estado de S. Paulo, o repórter já teve a oportunidade de testemunhar momentos decisivos, como o grande seminário que, em 2000, abriu a discussão sobre novas tecnologias. O cinema nunca mais foi o mesmo depois daquilo.

Mesmo assim, a coletiva do filme de Jean-Luc Godard, O Livro de Imagem, no sábado, teve algo de surreal. Godard subverte o cerimonial do festival. Não faz a montée des marches, sua poltrona fica vazia. Mas ele não é Terrence Malick, que se automistifica e atribui a atores e demais colaboradores a tarefa de defender seu cinema. Godard esteve presente na coletiva, via o iPhone de seu produtor. Todo mundo teve a chance de lhe fazer as perguntas que quis, de vê-lo criticar as estruturas comerciais do cinema e o estado do mundo. Aos 87, Godard não desistiu da revolução.

O próprio formato da coletiva de seu filme foi a prova. Godard, o russo Kirill Serebrennikov (Leto), o egípcio A.B. Shawky, num registro talvez mais modesto (Yomeddine), o polonês Pawel Pawlikowski, um tanto supervalorizado (Cold War, Guerra Fria), já fizeram a história do 71º festival, mas como ainda temos quase toda a semana – a premiação será no sábado –, há que acreditar nas promessas que virão.

O chinês Jia Zhangke segue filmando as transformações da China no século 21 e o casal de criminosos de Ash Is the Purest White é mais interessante que o triângulo de As Montanhas Se Movem, mas o filme, por bom que seja, não é grande. Como a de Godard e a de Serebrennikov, preso na Rússia, a poltrona de Jafar Panahi também ficou vazia, mas Three Faces/Três Rostos talvez seja seu melhor filme nessa fase de exílio no seu país. Para Panahi basta um carro, depois do táxi do anterior, para que o autor coloque dentro dele todo o Irã.

Como na coletiva de Godard, um celular tem papel decisivo. Por meio dele, uma estrelas da TV iraniana recebe o vídeo de um suicídio e decide procurar, com Panahi, essa garota que presumivelmente se matou. Por quê? Realidade, artifício, Panahi, nessa nova fase, vive se perguntando o que é, e para que serve, o cinema, afinal? Se o Irã, e o cinema, cabem num carro, o Brasil exige um pouco mais de espaço, mas está todo no Grande Circo Místico de Cacá Diegues, que teve a sua estreia mundial no sábado à noite.

Esse circo atravessa 100 anos de história e termina roto, com as últimas descendentes de uma grande família prostituindo-se sob aquela lona. Grandeza e decadência do Brasil, mas o número final, um salto no vazio sem trapézio nem rede, metaforiza alguma coisa. Apesar de tudo, a esperança? Cacá dedicou a sessão ao cineasta Nelson Pereira dos Santos, morto há menos de um mês, em 21 de abril. Foi aplaudidíssimo.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?