Frota do Detran-DF vai ganhar 14 motocicletas BMW. Custo será de R$ 648,5 mil
Órgão alega que está pagando preço abaixo do mercado e que modelo é próprio para fiscalização, controle e policiamento do trãnsito
atualizado
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A frota do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) terá o reforço de 14 motocicletas de luxo, da marca BMW. Elas custaram aos cofres públicos a quantia de R$ 648.536, ou R$ 46.324 a unidade. A previsão é de que cheguem à cidade logo depois do carnaval e, segundo o órgão, serão usadas no serviço de fiscalização e policiamento. Segundo reportagem do Correio Braziliense, para ir às compras, o Detran-DF pegou uma carona e aderiu à ata de um pregão realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) da Paraíba.
Questionado sobre a necessidade do modelo de luxo, o diretor de Fiscalização do órgão, Silvaim Fonseca, explicou que “é uma moto que anda em asfalto, estrada de chão ou brita. Consegue saltar obstáculos e, se precisar, a até por escadas.” Esclareceu, ainda, que os agentes fizeram treinamento e “essas motos sobem e descem qualquer tipo de terreno. É uma moto multiuso.”Ainda de acordo com o Detran, a adesão à ata do pregão da PRF representou uma economia de R$ 189.857,22, já que os preços pesquisados no DF eram bem mais caros do que os R$ 46.324 cobrados. A adesão é um procedimento legal, praticado pela istração pública, regulamentado pelo Decreto 7.892/2013, que trata do Sistema de Registro de Preços.
O Detran conta com 50 motociclistas, dos quais entre 20 e 30 atuam na rua. “Atualmente, as motos mais novas que nós temos vão completar três anos de uso. O ideal é que elas não ultraem cinco anos, por uma questão de economia, porque começam a dar um gasto maior de manutenção. Utilizamos as motocicletas diuturnamente, e pelo menos três vezes por semana elas são liberadas para fazer escolta, além de participarem de blitz, controle de trânsito de eventos e eio ciclístico”, explicou à reportagem Silvaim Fonseca.
Segurança
A reportagem ouviu o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Atividades de Trãnsito, Policiamento e Fiscalização (Sindetran-DF), Fábio Medeiros, que defendeu a compra de equipamentos de qualidade, em que os agentes possam trabalhar de forma segura: “Se não tiver nenhum exagero, não temos nada contra, desde que o governo tenha condições de arcar com os custos”.
O Detran é mantido com recursos da arrecadação dos serviços que presta e do pagamento de multas. Por lei, os valores referentes às multas precisam ser utilizados na área de fiscalização, operação de trânsito, engenharia e educação de trânsito. Em 2007, para fazer a segurança dos Jogos Pan-Americanos, o Ministério da Justiça adquiriu veículos Harley Davidson ao custo de R$ 28 mil cada.