Sem acordo com empresa, Iges assume alimentação em unidades de saúde

Após a Salutar, empresa responsável pelo fornecimento de refeições para servidores, pacientes e acompanhantes em hospitais públicos do Distrito Federal, não cumprir um acordo de pagamento a funcionários, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), decidiu suspender o contrato com a Salutar e assumir provisoriamente as operações nas unidades de saúde do DF.

A empresa não teria realizado o pagamento aos colaboradores que, por isso, chegaram a suspender o fornecimento dos alimentos na última terça-feira (10/5). Nesta quinta-feira (12/5), o instituto anunciou que assumiu a elaboração, preparo e fornecimento dos alimentos aos pacientes e empregados das unidades hospitalares. Diretores do Iges estiveram no Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) para apresentar a situação.

Fornecimento de refeições aos hospitais do DF está sob ameaça

“Como tem sido comunicado em nosso portal oficial, redes sociais e até veiculado pela imprensa, há dias são feitas tentativas de negociação para que nem os empregados da empresa, nem os serviços prestados sejam prejudicados. Diante de todos os fatos apontados, dos relatórios de gestão com inúmeras falhas de execução e do iminente risco de serem a assistência e pacientes prejudicados a Diretoria Executiva do IgesDF deliberou pela convocação da segunda empresa vencedora do processo licitatório a fim de que a mesma assuma toda a operação como é legalmente previsto”, diz a nota.

Agora, o instituto reabriu a licitação e busca por uma nova empresa para assumir o fornecimento de alimentação. Mais de 11 negócios se candidataram quando o processo licitatório foi aberto pela primeira vez.

Segundo o Iges-DF, a fornecedora informou que não poderá realizar o pagamento aos empregados, uma vez que a conta bancária está bloqueada judicialmente por credores e fornecedores.

O instituto é responsável pelo Hospital de Base, Hospital Regional de Santa Maria e pelas UPAs da capital federal.

Outro lado

A Salutar também procurou o MPDFT e denunciou que o Iges-DF teria suspendido as relações e contratado nova empresa. Segundo a nota divulgada, o instituto “rompeu unilateralmente sem levar em consideração todas as tentativas de renegociação, solicitadas desde outubro de 2021. Também fez uma retenção de recursos sob o argumento de suposta denúncia anônima de alimentos contaminados, baseada apenas numa foto, já que o produto não foi apresentado nem a eles nem a ninguém”, alega.

Além disso, a empresa argumenta que o Iges “rompeu o contrato de R$ 72 milhões e fez outro emergencial de R$ 168 milhões, sem nem antes sentar para tentar renegociar com a Salutar, que seria pelo menos R$ 40 milhões a menos”.

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