Secretaria de Saúde não sabe até quando terá teste de coronavírus
A pasta ainda tem em estoque, mas pede responsabilidade da população para que faça o exame somente em casos, de fato, suspeitos
atualizado
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Com o avanço dos casos de coronavírus em Brasília, o Governo do Distrito Federal trabalha na importação de insumos para realizar exames que identifiquem pessoas contaminadas pelo Covid-19. De acordo com a Secretaria de Saúde, ainda há estoque para fazer os testes, mas não é possível mensurar até quando ele vai durar.
Hospitais e laboratórios de São Paulo e do Rio de Janeiro, como o Albert Einstein, o Sírio Libanês e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, já sofrem com a alta procura e começaram a estabelecer regras para a testagem de pacientes. A quantidade de exames foi limitada nesses laboratórios.
Para que essa realidade não se repita na rede pública de saúde do DF, o alerta é que as pessoas só se submetam quando se enquadrarem em casos suspeitos. Ou seja, aqueles com febre, coriza e dificuldade para respirar, além de histórico de viagem para fora do país ou outro estado que tenha casos da doença registrados. É considerado suspeito, ainda, quem teve contato com alguém nessas condições.
“Ainda há estoque, mas não sabemos dizer até quando. Até os laboratórios privados estão com dificuldades. Por isso, a importância de a população só fazer o teste em casos que se enquadram como suspeitos”, afirmou o subsecretário de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares.
Em Brasília, o grupo Dasa é o responsável pelos laboratórios da Exame. A empresa é uma das maiores do país e concentra 40 redes de laboratórios, com cerca de 800 unidades.
A partir de secreções coletadas da garganta e do nariz do paciente, o teste compara as informações das amostras com o sequenciamento genético do novo coronavírus. Atualmente, os reagentes para a realização dos exames são importados e, para prevenir o desabastecimento, foi necessário fazer restrições.
Ele ressaltou que a doença está em crescimento exponencial, por isso não consegue dizer até quando vai durar, devido à grande procura da população. Tavares também não soube precisar qual o estoque atual e quanto foi gasto.
36 casos no DF
A Secretaria de Saúde (SES) informou monitorar diariamente a situação epidemiológica mundial e nacional referente à Covid-19, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Gecamp/Cievs). Em estado de emergência em saúde para controle do coronavírus desde 29 de fevereiro, a capital tem estrutura operacional para gerenciamento da pandemia em Brasília.
Nos próximos dias, serão liberados 90 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI): 60 em Santa Maria, 15 no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e 15 no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). “Além disso, o GDF tem buscado recursos para que o Hospital da Polícia Militar e um hospital em Águas Claras possam receber parte da demanda”, informou o GDF.
