Sírio-Libanês ajudará o IHBDF a reduzir superlotação na emergência
Previsão é que programa do Ministério da Saúde seja desenvolvido nos próximos seis meses. Servidores estão sendo capacitados, diz instituto
atualizado
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O Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHBDF) contará com a ajuda do Hospital Sírio-Libanês para reduzir a superlotação e melhorar o atendimento no pronto-socorro. A unidade é contemplada pelo Projeto Lean nas Emergências, do Ministério da Saúde e implementado pela instituição filantrópica, o qual tem como objetivo a promoção de melhoria do atendimento de urgência e emergência no Sistema Público de Saúde (SUS).
Segundo o IHBDF, consultores especializados realizam a capacitação dos servidores. “A previsão é que o programa, que enfatiza a prevenção de desperdícios de tempo, mão de obra e insumos, agregando valor ao serviço, seja desenvolvido ao longo dos próximos seis meses”, informou a Secretaria de Saúde, em nota.
Mais oito unidades do Brasil serão contempladas: Hospital Geral de Roraima (RR), Hospital da Cidade de o Fundo (RS), Hospital Universitário Estadual de Londrina (PR), Hospital de Clínicas de Uberlândia (MG), Hospital do Trabalhador (PR), Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves (ES), Hospital Geral de Guarulhos (SP) e Santa Casa de São Paulo (SP).
Após a fase de intervenção, que dura, em média, seis meses, a equipe de controle do projeto acompanha os resultados por um ano para garantir a manutenção do progresso a longo prazo, de acordo com o Sírio-Libanês.
“A iniciativa é voltada para melhoria dos processos nos hospitais baseada em tempo e valor”, esclarece a unidade filantrópica. O aperfeiçoamento é desenhado para assegurar fluxos contínuos e eliminar desperdícios e atividades de baixo custo agregado.
O Lean nas Emergências faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS). Segundo o Ministério da Saúde, o Proadi-SUS é financiado com recursos de isenção fiscal, que é concedida a instituições filantrópicas.
Primeira fase
Seis hospitais públicos participaram do projeto piloto, implementado entre agosto e dezembro de 2017: Hospital Geral de Palmas (TO), Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (GO), Hospital Metropolitano Odilon Behrens (MG), Hospital Regional São José (SC), Hospital Geral do Grajaú (SP) e Hospital de Messejana (CE). As unidades foram treinadas e auxiliadas na implementação de melhorias para garantir agilidade e eficiência nos processos de urgências.
“Um dos indicadores utilizados para medir os resultados do projeto é o de superlotação, chamado de Nedocs (sigla em inglês para Escala de Superlotação do Departamento Nacional de Emergência), e mensura quesitos como tempo de agem de pacientes pelas urgências, permanência no hospital, tempo de alta, entre outros”, explicou o Sírio-Libanês.
Durante a primeira fase, foi observada melhora significativa do indicador. O Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia (GO), por exemplo, apresentou uma performance 44% melhor até abril de 2018.
A previsão é chegar ao fim de 2020 com 100 unidades contempladas, 450 profissionais treinados e 180 protocolos clínicos de serviço de emergência implementados.
O Ministério da Saúde ainda planeja ampliar a metodologia Lean para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) a fim de melhorar a qualidade dos serviços de saúde, a ibilidade e qualificação da atenção em cada território. (Com informações do Ministério da Saúde e do Hospital Sírio-Libanês)