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Pioneira relembra como era viver na cidade que submergiu em Brasília

Criada em 1957 para abrigar operários da nova capital, foi submersa em 1959 com a abertura da barragem do Paranoá

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Retrato de Benilde da Cruz, pioneira de Brasília. Brasília (DF) 09/04/25. Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES
1 de 1 Retrato de Benilde da Cruz, pioneira de Brasília. Brasília (DF) 09/04/25. Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES - Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

Uma cidade inteira hoje repousa no fundo das águas do Lago Paranoá, com ruas, casas e histórias, que desapareceram antes mesmo de Brasília ser inaugurada. A Vila Amaury foi uma construção temporária para os operários que vieram de todo Brasil para erguer a nova capital.

Submersa em 1959, ela surgiu no final de 1957, e abrigava cerca de 16 mil pessoas, incluindo os candangos e suas famílias, que construíram estruturas como o Congresso Nacional e os centros comerciais da W3.

À noite, os barracos de madeira se iluminavam apenas com lamparinas, enquanto as sirenes com alto-falantes tocavam músicas sertanejas românticas, que funcionavam como uma espécie de “correio elegante”. Alguns moradores preferiam dormir cedo pela falta de energia, enquanto outros frequentavam os bares e restaurantes locais, que ofereciam um pólo social e econômico essencial para a comunidade. Essa era a rotina de Benilde Maria da Cruz Silva, que até então trabalhava de garçonete na região.

Ela chegou a Vila Amaury em 1958, quando tinha apenas 14 anos, acompanhada de seu pai – que trabalhou nas construções como ajudante de pedreiro, e de um grupo de piauienses, que juntos realizaram um percurso de 3 meses a pé até chegar à capital, eles fugiam da seca e da fome que o nordeste enfrentava naquela época.

“A submersão da vila ocorreu em setembro de 1959 quando a Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital) abriu as comportas da barragem do Paranoá, e as águas começaram a invadir a região. Os moradores foram forçados a deixar suas casas e se mudar para as chamadas “cidades-satélites”, como Taguatinga, Gama e Sobradinho”, explica a professora de História do Colégio Católica Brasília, Sabrina Araujo de Santana.

Aposentada como professora e com 80 anos de idade, Dona Benilde ainda se lembra do momento em que a cidade começou a inundar. “No começo funcionava como um riacho, até aproveitamos para limpar roupas ali, até o momento que chegou no joelho e o ultimato veio. Cada grupo costumava escolher a RA que mais ficava perto da sua terra natal. Sobradinho ficava fácil para voltarmos para o Piaui”, conta.

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A submersão da vila ocorreu em setembro de 1959 quando a Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital) abriu as comportas da barragem do Paranoá.
Aposentada como professora e com 80 anos de idade, ela ainda se lembra do momento em que a cidade começou a inundar.
"No começo funcionava como um riacho, até aproveitamos para limpar roupas ali, até o momento que chegou no joelho e o ultimato veio. Cada grupo costumava escolher a RA que mais ficava perto da sua terra natal"
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Benilde Maria da Cruz, pioneira de Brasília, chegou à Vila Amaury com 14 anos.

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A submersão da vila ocorreu em setembro de 1959 quando a Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital) abriu as comportas da barragem do Paranoá.

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Aposentada como professora e com 80 anos de idade, ela ainda se lembra do momento em que a cidade começou a inundar.

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"No começo funcionava como um riacho, até aproveitamos para limpar roupas ali, até o momento que chegou no joelho e o ultimato veio. Cada grupo costumava escolher a RA que mais ficava perto da sua terra natal"

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Veja vídeo:

Inauguração de Brasília

Brasília foi oficialmente inaugurada em 21 de abril de 1960, data escolhida propositalmente por coincidir com o Dia de Tiradentes, símbolo da luta pela independência e dos valores republicanos no Brasil. O novo centro político do país nasceu assim com um forte significado histórico e simbólico.

As celebrações do dia foram intensas e variadas, incluindo missa solene, festas, apresentações culturais, baile, abertura de espaços públicos, desfile da Caravana de Integração Nacional e queima de fogos.

Religiosa, Dona Benilde compartilha que o momento mais bonito para ela foi a missa campal celebrada na catedral, cujas procissões a emocionaram.

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