“Tô com medo”, disse influenciadora digital antes de ser morta em casa
Influenciadora digital Adriana Oliveira, 27 anos, mandou mensagem para amiga e disse estar com medo de ser vigiada pelo marido e pelo sogro
atualizado
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Antes de ser morta a tiros na própria residência, a influenciadora digital Adriana Oliveira, 27 anos, mandou um áudio para uma amiga e disse: “‘Tô com medo, fia. Eu ‘tô trancada, dentro de casa”. Ela também questionou se estaria sendo vigiada pelo marido – mencionado apenas como “Badu” – ou pelo pai dele.
Adriana foi assassinada nesse sábado (15/3), em Santa Luzia (MA). O marido, Valdiley Paixão Campos, de 37 anos, e o sogro dela, conhecido como Antônio do Zico, foram presos no dia seguinte, suspeitos de cometerem o crime.
Ouça o áudio:
O caso é investigado pela Polícia Civil do Maranhão (PCMA). No primeiro depoimento à polícia, o marido de Adriana, que estava em casa na hora do crime e não se feriu, disse que um homem chegou ao imóvel de motocicleta e cobrou uma suposta dívida da vítima.
Em seguida, ainda segundo o depoimento do suspeito, o motociclista teria atirado na influenciadora e fugido. Conhecida no Maranhão, Adriana tinha mais de 35 mil seguidores nas mídias sociais.
Veja fotos do casal e da vítima:
A prisão do marido e do sogro da vítima ocorreu após a apreensão dos celulares de ambos, bem como do aparelho da influenciadora, para análise da perícia.
O caso segue sob responsabilidade da Delegacia de Santa Inês. Até a mais recente atualização desta reportagem, a polícia não havia descoberto qual seria a possível motivação para o crime.
Outro lado
Em nota, o advogado Irandy Garcia disse que “lamenta profundamente as acusações precipitadas”, e acrescenta que “vai provar a inocência” de Valdiley Paixão Campos e de Antônio do Zico. “A defesa segue aguardando os laudos periciais dos telefones, fundamentais para esclarecer os fatos”.
O advogado afirma ainda que a polícia deve seguir “na busca pelo verdadeiro atirador” e explorar “todas as linhas de investigação, especialmente aquelas relacionadas às possíveis rotas de fuga utilizadas pelo motoqueiro”.