Motorista de aplicativo morre após tiro em oficina do Distrito Federal
Família diz que filho de dono de oficina atirou após uma discussão provocada por uma batida. Defesa do atirador alega legítima defesa
atualizado
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Um homem, de 35 anos, morreu na quinta-feira (3/4) após levar um tiro em uma oficina mecânica do Guará, no Distrito Federal. O crime ocorreu em 21 de março, e a vítima Lucas Prado estava internada desde então, mas não resistiu.
Segundo familiares, Lucas saía da oficina quando colidiu em um veículo. Com a batida, André Luiz Rodrigues de Magalhães, filho do dono do comércio, que estava com ele no carro, teria se irritado.
Os dois iniciaram uma discussão, e André Luiz entrou em uma salinha da oficina e disparou contra Lucas. A defesa de André, no entanto, contesta esta versão.
André Luiz teria dito à polícia que Lucas anunciou um assalto à loja e que agiu “para se defender” — ele seria Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), segundo a advogada da família.
Os familiares de Lucas rechaçam tal acusação. “Como que meu filho entra na oficina com um carro de R$ 100 mil e querem dizer que foi para assaltar? Isso foi mentira para tentar fazer meu filho de ladrão e sair de coitadinho”, argumentou o pai da vítima, Jorge Luiz Prado.
Ele contou que o filho havia saído de casa para consertar o carro, pois trabalhava como motorista de Uber. “Meu filho era trabalhador, trabalhava muito até. Agora tenho um neto pequeno, de 7 anos, que amava o pai e que agora ficou sem”, lamentou.
Uma testemunha contou que viu os dois discutindo e que não ouviu as palavras “roubo” ou “assalto”.
André Luiz foi levado à 4ª Delegacia de Polícia (Guará), mas acabou liberado após ar por audiência de custódia. O caso está em investigação.
A defesa do atirador informou que ele segue cumprindo todas as determinações legais e confia plenamente no trabalho da Justiça: “O caso está sendo apurado, e sua conduta será esclarecida no devido processo legal. Ele está à disposição da Justiça, colaborando desde o início, e confia que a apuração demonstrará que agiu em legítima defesa”.