Contrato Sombrio: bando alugava carros no Brasil e vendia no Paraguai
Pelo menos 10 veículos foram furtados pela associação criminosa, sendo que o prejuízo somado dos automóveis ultraa R$ 1 milhão
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nas primeiras horas desta quinta-feira (20/2), operação para desarticular organização criminosa especializada em furto de veículos de locadoras, que eram posteriormente enviados ao Paraguai.
As investigações, conduzidas pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), revelaram que o grupo criminoso aliciava terceiros para alugar veículos em locadoras e, por meio de fraudes documentais e eletrônicas, subtraía os automóveis sem devolvê-los.
Aproximadamente 100 policiais civis participam da Operação Contrato Sombrio, cumprindo 18 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão contra homens com idade entre 19 e 26 anos.
A maioria dos mandados de busca foi cumprida no Gama, reduto dos principais líderes da associação criminosa.
As apurações apontaram que os carros eram transportados para a fronteira e vendidos no Paraguai, onde tinham os sinais identificadores adulterados. Além disso, a quadrilha orientava os laranjas a registrar boletins de ocorrência falsos, alegando que os veículos haviam sido roubados, a fim de dificultar o rastreamento.
Até o momento, pelo menos 10 veículos foram confirmados como produtos de furto dessa associação criminosa, sendo que o prejuízo somado desses automóveis ultraa R$ 1 milhão. No entanto, acredita-se que o número real de carros seja ainda maior, já que a quadrilha utilizava terceiros para realizar os aluguéis fraudulentos, dificultando a contabilização exata.
Mais crimes
Todos os envolvidos diretamente na subtração e revenda dos veículos furtados responderão por uma série de crimes. Os investigados já possuem antecedentes por receptação, estelionato e furto qualificado, além de registros de envolvimento em fraudes financeiras e outras práticas ilícitas.
Durante as diligências, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, contratos falsificados, chaves de veículos, rastreadores automotivos, maquinetas de cartão e documentos que ligam os investigados diretamente ao esquema criminoso.
A operação contou com o apoio de unidades especializadas, como a Divisão de Operações Especiais (DOE), a Divisão de Operações Logísticas e Planejamento (Dalop) e a Divisão de Operações com Cães.