Operação Porsche: morador do Lago Norte perde R$ 585 mil em golpe
Polícia Civil do Distrito Federal apurou que golpistas agiam como intermediários entre vendedores e interessados em comprar carro on-line
atualizado
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Três estelionatários foram presos por investigadores da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) do Distrito Federal por aplicarem dois tipos de golpes: do falso anúncio da venda de veículos e do falso médico. A Operação Porsche ocorre na manhã desta quinta-feira (29/5), em Rondonópolis (MT).
Durante as buscas, os policiais localizaram diversos celulares usados nos golpes, além de um revólver calibre 38 com a numeração raspada em posse de um dos investigados. Ele foi autuado em flagrante por ter uma arma de fogo de uso . Além disso, o trio teve dinheiro bloqueado das respectivas contas bancárias para ressarcir os prejuízos das vítimas.
Veja imagens:
As equipes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) começaram investigar o caso no início de 2024. À época, um morador do Lago Norte, bairro de alta renda no Distrito Federal, foi vítima dos criminosos.
O denunciante viu o anúncio da venda de um veículo de luxo – uma Porsche – por R$ 585 mil, fez o pagamento do valor e, depois, percebeu que havia caído em um golpe.
Delegado-chefe-adjunto da 9ª DP e responsável pela operação, Ronney Marcelo detalhou que os estelionatários agiam como falsos intermediários entre o comprador e o vendedor, simulando uma negociação legítima. Eles avam anúncios reais publicados por terceiros, copiavam as informações e as republicavam com contatos próprios.
“Quando um cliente entra em contato, o criminoso finge ser o proprietário do carro, enquanto, paralelamente, engana o verdadeiro dono do veículo dizendo ter um comprador interessado. No fim, desviam os pagamentos para contas sob controle da quadrilha”, explicou o policial civil.
Itens apreendidos:
Golpe do falso médico
Além das fraudes com carros, o grupo dava o “golpe do falso médico”. Os criminosos se avam por profissionais de saúde e entravam em contato com parentes de pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI).
Por meio dessas ligações, a quadrilha exigia pagamentos urgentes para supostos procedimentos médicos necessários e induziam as vítimas ao erro.
Ainda segundo o delegado Ronney Marcelo, o grupo demonstrava frieza ao dar golpes que não se limitavam à explorar de recursos financeiros, mas abusam da vulnerabilidade emocional em que famílias se encontravam, por estarem preocupadas com o bem-estar de parentes internados.
“Por vezes, [os pacientes] estavam em longas jornadas de tratamento em saúde e lutavam contra doenças que podiam levá-los ao limiar entre a vida e a morte”, completou o investigador. Os envolvidos foram indiciados e devem responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa.