Bebê que dormia com a mãe e morreu pode ter asfixiado após amamentação
Criança foi encontrada morta, com a pele arroxeada e sangramento nas regiões do nariz e da boca, enquanto dormia na mesma cama que a mãe
atualizado
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A madrasta da mãe da bebê encontrada morta após dormir com a genitora deu detalhes sobre o que aconteceu após a tragédia, na madrugada dessa quinta-feira (6/3), em Valparaíso (GO), no Entorno do Distrito Federal.
O pai da criança registrou boletim de ocorrência após achar a filha de menos de 1 ano morta, com um sangramento no nariz. A menina dormia em uma cama com a mãe.
Na delegacia, o pai da bebê relatou à polícia que dormia em um quarto com o filho mais velho, de 1 ano, e que, durante a madrugada, teria ido ao cômodo em que a esposa e a filha se encontravam para conferir se ambas estavam bem.
Nesse momento, encontrou a filha com a pele arroxeada e sangue próximo ao nariz. Em seguida, juntos, os pais levaram a menina para o hospital mais próximo, segundo a madrasta da mãe, o municipal de Cidade Ocidental (GO).
Ainda de acordo com o relato dela, a responsável pela bebê precisou ser medicada, devido ao estado de choque em que ficou diante do ocorrido.
A madrasta também afirmou que a criança dormiu ao lado da mãe depois de mamar, durante a madrugada, e que, quando a genitora acordou para novamente amamentar a menina, percebeu que a criança tinha sangue na boca e no nariz.
“Depois, ela [a mãe da bebê] foi levada por nós para nossa casa em Brasília, junto do filho mais velho, porque ambos precisavam de cuidados. Enquanto isso, o pai da criança permaneceu no hospital, esperando o IML [Instituto Médico Legal], que só chegou por volta das 16 horas para buscar o corpo”, detalhou a madrasta.
Ela também contou à coluna Na Mira que a médica que atendeu a família suspeita de sufocamento, mas aguarda o laudo dos peritos, e que os pais “estão destroçados pelo que houve” com a filha.
Riscos durante o sono do bebê
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) orienta que as famílias com bebês em casa devem ficar atentas, principalmente, na hora de dormir.
O uso inapropriado de travesseiros, edredons ou até mesmo o hábito de compartilhar a cama com o recém-nascido geram mais risco de sufocamento e, também, aumentam a probabilidade de acontecer uma morte súbita da criança.
Para garantir mais segurança, o ideal é que o bebê durma com a barriga para cima, em uma superfície lisa e reta. Outra recomendação é que os pais compartilhem o mesmo quarto que o filho até os primeiros 6 meses de vida, mas nunca na mesma cama.
