MPT investiga chefe de conselho federal por assédio sexual e moral
Apesar das denúncias, o presidente do Conselho Federal dos Técnicos Industriais, Solomar Pereira Rockembach, permanece no cargo
atualizado
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O Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias do Conselho Federal dos Técnicos Industriais contra o presidente da entidade, Solomar Pereira Rockembach. O órgão recomendou que Solomar fosse afastado. Solomar permanece no cargo e está afastado apenas de algumas atividades de presidente do conselho.
De acordo com as denúncias, os supostos assédios teriam ocorrido na sede do órgão, no Setor Comercial Sul, área central de Brasília.
A recomendação do MPT pede pelo afastamento de Solomar “impedindo-os do exercício de atividades relativas à gestão de pessoas no CFT, ficando impedidos de, direta ou indiretamente, praticar os seguintes atos: nomeação, cessão ou transferência, remoção, movimentação vertical ou horizontal, devolução, requisição, redistribuição, designação ou reversão (comissionamento, descomissionamento, inclusive de funções gratificadas), afastamento, definição de jornada de trabalho e/ou períodos de férias e descanso laboral, distribuição de tarefas, emissão de ordens de serviço, aplicação de sanção disciplinar e exoneração de empregados públicos (comissionados, efetivos ou cedidos), bem como contratação, manutenção, não aproveitamento, cessação de contrato de trabalho, por qualquer modalidade, de empregados celetistas ou terceirizados” até o fim das investigações.
Em nota, o conselho informou que presta esclarecimentos ao Ministério Público do Trabalho, cumpre a recomendação de afastamento de Solomar e “continuará colaborando MPT na elucidação dos fatos narrados”.
A reportagem tenta contato com Solomar. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
Servidor público: GDF registra 142 denúncias de assédio moral em 2024
No ambiente de trabalho, o assédio sexual caracteriza-se por constranger alguém com palavras, insinuações, gestos ou atos, para obter vantagem ou favorecimento sexual.
O assédio moral no ambiente de trabalho é definido por comportamentos de uma pessoa que, intencionalmente, coloca outra em situações humilhantes, ofendendo a dignidade e a integridade física ou psíquica dela no local de trabalho.
Segundo o decreto de 2023, qualquer pessoa, identificada ou não, pode denunciar pelo endereço eletrônico www.participa.df.gov.br, pela central telefônica 162 ou presencialmente nas ouvidorias dos órgãos e entidades do DF.
O Metrópoles tenta contato com Solomar, mas, até o momento não obteve retorno. O espaço segue aberto.