Motoristas abastecem em postos de combustíveis e fogem sem pagar
Segundo Sindicato dos Empregados de Postos, golpe ocorreu quase mil vezes neste ano no DF. Em alguns casos, frentistas arcam com prejuízo
atualizado
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Um golpe aplicado nos postos de combustíveis de todo o Distrito Federal tem assustado os frentistas e causado prejuízo aos donos dos estabelecimentos. E o golpe é bastante simples. Os motoristas pedem para o carro ser abastecido e quando os frentistas retiram a mangueira do tanque e se preparam para fazer a cobrança, os condutores simplesmente arrancam e somem da vista do trabalhador.
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Em algumas situações, os frentistas são obrigados a arcar com o prejuízo, acusa o Sindicato dos Empregados de Postos do DF (Sinpospetro). E isso mesmo após a comprovação da falta de culpa. De acordo com o sindicato, o golpe foi aplicado 980 vezes em todo o DF, desde janeiro. Os crimes normalmente ocorrem em momentos com pouco movimento, que facilitam a fuga. Os números, porém, não são confirmados pela Secretaria de Segurança Pública.
Em nota enviada ao Metrópoles, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (SindiCombustíveis-DF) afirma que a cobrança dos frentistas em caso de assalto é uma decisão de cada posto, e que o sindicato não interfere nessa decisão. Com a reforma trabalhista, afirma o SindiCombustíveis-DF, há possibilidade de acordos diferenciados, sendo necessário que as partes verifiquem a legislação.
Câmeras de segurança e cofres
“Vale ressaltar que, no acordo coletivo entre as categorias patronal e laboral, há a previsão de instalação de câmeras de segurança e cofres para recolhimento de valores em espécie, de modo que a equipe de pista mantenha o mínimo de dinheiro em mãos, e apenas para troco. A medida é uma forma de desestimular a ocorrência de assaltos aos postos”, diz a nota.
Na nota, o SindiCombustíveis-DF afirma que o alto preço dos combustíveis, inflado por uma carga tributária escorchante, tem tornado a mercadoria alvo da bandidagem. “Entendemos que é necessário um envolvimento de toda a sociedade, pois esse modelo de assalto é uma prática nova e, portanto, precisamos repensar regras ou normas para coibi-la”, finaliza o sindicato.