Morre Yuki, cachorro cego atropelado e arrastado por ônibus no DF
O caso registrado na Estrutural é investigado pela 8ª Delegacia de Polícia (SIA)
atualizado
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Yuki, cachorro de 4 anos da raça akita-inu, não resistiu aos ferimentos após ser atropelado e arrastado por cerca de 50m por um ônibus na Cidade Estrutural. O caso aconteceu por volta das 6h de segunda-feira (19/4) e foi flagrado por câmeras de segurança. As cenas são fortes (veja abaixo). O cãozinho chegou a ar por uma cirurgia, mas faleceu na quarta (21). A 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) está responsável pela investigação.
Pedro Paulo Magalhães, 50 anos, tutor do animal, relatou que a esposa saiu de carro para trabalhar, e o cachorro a seguiu. Ao perceber a situação, a mulher parou o veículo para pegá-lo de volta.
No entanto, Yuki, que é cego, começou a atravessar a rua, momento em que Pedro e a mulher acenaram para o ônibus que estava ando na via, afim de alertar o motorista sobre o animal.
“Demos sinal, o ônibus freou, atropelou e o arrastou por cerca de 50m, ou até por cima do quebra-molas com o Yuki preso na roda. Pedimos para o motorista parar, mas ele seguiu o percurso. Consegui ir atrás do coletivo, mas o condutor ainda ameaçou me atropelar. Decidi, então, registrar o caso na delegacia”, contou Pedro.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros prestou atendimento e socorreu o cachorro da família. Em estado gravíssimo, o pet ficou internado em uma clínica particular e precisou amputar as patas.
“Foi um ato cruel, uma barbárie. Não foi uma fatalidade, um acidente, foi intencional, brutal. Eu fico imaginando a dor que esse cachorro sentiu. Lá no hospital, ele levantava a cabeça e uivava de dor. Eu colocava a cabecinha dele no meu rosto tentando acalmá-lo. O que fica é a saudade e essa marca terrível na nossa memória, de pedir pelo amor de Deus para o motorista parar, e ele avançar, esmagando o nosso cachorro. Perdi meu amigo”, emocionou-se Pedro Magalhães.
https://youtu.be/D2beBDQgOHI
O Metrópoles entrou em contato com a empresa do ônibus que atropelou o animal, mas a Piracicabana não retornou as mensagens. A 8ª DP confirmou que registrou a ocorrência e investiga o caso.
