Mães esperam até 12 horas para que filhos recebam atendimento no Hmib
Mães reclamam de longas horas nas filas do pronto-socorro do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) neste domingo (17/3)
atualizado
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Com o filho nos braços, Gabriella Cristina chegou ao Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) no final da noite de sábado (16/3), mas a criança não tinha recebido o tratamento até a manhã deste domingo (17). O menino sofre com febres altas e ainda possui um aparelho de traqueostomia colocado na garganta por conta de uma condição de saúde. Segundo a mãe, mesmo diante da situação, ele foi classificado como grau laranja (estado grave), mas o hospital só está atendendo casos gravíssimos.
“Eu dormi sentada nas cadeiras com essa criança, que é uma criança especial. Não foi atendido ninguém, tem gente aqui que está desde de 15h de sábado”, conta a mulher. O filho de Gabriela chegou a ar pela triagem no Hmib.
“Ele é uma criança traqueostomizada, asmática, vomitou, com diarreia. Está com secreção, uma coloração diferente. Eu fui atendida pela triagem, ele saturando, mesmo assim me colocaram com uma pulseira laranja, sendo que ele, por prioridade, é para ser uma classificação vermelha”, relata.
A situação não é diferente para Scarlett Yohanne, que também reclama de longas filas e demora no atendimento do Hmib. A jovem é mãe do pequeno Victor Hugo e afirma esperar desde 8h da manhã de ontem para ser atendida: “Não é que eles não queiram atender. Porque realmente a situação lá dentro está impossível. Hoje de manhã, uma menina chegou a falecer”.
Veja a situação no Hmib:
Desde o início da semana ada, a população do DF reclama das condições de atendimento do hospital. A reportagem apurou que havia, pelo menos, 50 crianças esperando atendimento na tarde dessa terça-feira (12).
Questionada pelo Metrópoles, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou que o Hmib está com alta demanda, o que tem ocasionado demora nos atendimentos: “Ressaltamos que devido o início da sazonalidade das doenças respiratórias da pediatria, além do surto de casos de dengue, aumentou a busca por atendimento pediátrico”.
“A unidade não tem medido esforços para oferecer o melhor acolhimento e assistência e tem mantido pacientes e acompanhantes informados acerca da situação da demora que está ocorrendo”, afirmou a pasta. O órgão confirmou que o hospital está em bandeira vermelha, atendendo somente pacientes gravíssimos.
