Lava Jato busca sequestro de R$ 70 milhões de Antônio Palocci
Medida inclui casa da família do ex-ministro em Ribeirão Preto, um apartamento em São Paulo e investimentos diversos
atualizado
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O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, abriu na semana ada a etapa final do processo de sequestro e arresto de bens do ex-ministro Antonio Palocci — preso desde outubro de 2016, em Curitiba — e de sua empresa, a Projeto Consultoria Empresarial (atual Projeto istração Imobiliária).
Às vésperas de executar o bloqueio, a Operação Lava Jato alcançou um patrimônio de imóveis, carros e investimentos do ex-ministro de pelo menos R$ 80 milhões, restando ainda aproximadamente R$ 70 milhões do valor total de R$ 150 milhões estipulado pelos investigadores para reparação de desvios em operações financeiras envolvendo Palocci.
Esses bens estão congelados preventivamente por ordem da Justiça desde o ano ado e podem agora ser confiscados definitivamente.
Apartamento
O registro anexado agora ao processo oficializou a inclusão de mais dois bens que ficaram de fora do congelamento provisório, por decisão de Moro, e que Palocci lutava para mantê-los longe da Justiça. O primeiro é um apartamento no Edifício Port de Marseille, no bairro Cerqueira César, em São Paulo, pertencente à filha Carolina Silva Palocci.
A propriedade foi adquirida em junho de 2014 por R$ 2 milhões. Além deste, também foi incluído no arresto um outro imóvel, agora em nome de Marina Watanabe – filha de sua esposa, Margareth Silva Palocci. Comprado em fevereiro de 2015 por R$ 1,4 milhão, também fica em São Paulo.
Para a investigação da Lava Jato, “Palocci valendo-se dos recursos ilícitos que transitaram por suas contas bancárias, adquiriu bens imóveis de elevado valor em benefício de Carolina Palocci e Marina Watanabe” após a operação ser deflagrada, em março de 2014.
As operações financeiras e imobiliárias podem “em tese caracterizar delito”, observa a Procuradoria, que teve o argumento aceito pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em fevereiro ado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.