Hospital de Campanha no Mané Garrincha deve ser aberto em 15 dias
Secretário vistoriou o espaço e disse que será um “hospital de retaguarda”, com 200 leitos, para receber pacientes que arem por UTI
atualizado
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A Secretaria de Saúde do Distrito Federal planeja inaugurar, dentro de 15 a 20 dias, um hospital de campanha para o combate ao novo coronavírus no Estádio Nacional Mané Garrincha. Serão 200 leitos de ambulância instalados no primeiro piso da arena esportiva.
“Para cada 200 leitos de retaguarda, nós temos 100 com e respiratório. Estamos na fase de estruturação desses leitos. Será um hospital montado aqui, essencialmente com o atendimento básico”, disse o secretário de Saúde do DF, Francisco de Araújo Filho.
De acordo com o gestor público, após o paciente ar pelo leito de UTI com e respiratório, ele precisará de e de enfermaria e, por isso, ficará no Mané Garrincha. O hospital de campanha também poderá atender a outras cidadãos, caso o cenário piore. “Estamos tendo uma procura grande de leitos de UTI mesmo de pessoas que não estão com coronavírus, mas precisam de e respiratório. Na hora que houver uma demanda de coronavírus só para e de enfermaria, para não sufocar a rede, tiramos ele do hospital e colocamos aqui”, destacou.
O secretário diz que a saúde está atuando 24h para atender toda a demanda. “Nós fizemos uma parceria com a Arena BSB para utilizar esse espaço. Avaliamos outros no DF e consideramos que aqui é um bom local por ser central e arejado. Estamos trabalhando na frente, prevendo o futuro. Não queremos que o problema ocorra para depois resolver. Já com vista de não deixar colapsar, estamos construindo essa estrutura para que, na medida que as coisas forem acontecendo, a gente vá colocando à disposição da população do DF”, explicou.
Francisco Araújo também falou sobre os testes para o novo coronavírus. “Tem uma dificuldade hoje em insumos para a questão do coronavírus. Há duas semanas tentamos comprar testes e não havíamos conseguido. Nessa semana, estamos efetivando a compra de 100 mil testes e a UnB (Universidade de Brasília), também em parceria com a Saúde, nos ajudou com o Lacen (Laboratório Central), atestando mais rápido. O teste é importante para dar uma tranquilidade social para as pessoas. Estamos com área de compras em cima disso e fizemos um pleito no Ministério da Saúde para nos liberar 200 mil testes”, ressaltou o chefe da pasta da Saúde.
Até o momento, há registro de 301 pessoas confirmadas com a Covid-19 no DF. De domingo (29/03) para esta segunda-feira (30/03), são dois novos casos, segundo o GDF. Do total, 195 pacientes apresentam infecções leves; 18 graves; e 13 se encontram em situação crítica. Além de 72 que estão sob investigação da Secretaria de Saúde.
Ou seja, 31 pessoas infectadas são considerados casos mais graves. Nesse domingo, neste mesmo horário, o número somava 24. Em 24 horas, houve, portanto, aumento de 29%. Entre os pacientes, 175, ou 58,14%, são homens, e o restante, mulheres. A maioria dos casos está na faixa etária de 31 a 40 anos (31,9%). Outra parcela de 23,6% tem de 41 a 50 anos. Pessoas acima de 60, ou no grupo considerado de risco, somam 13% dos infectados com a doença na capital do país.
O subsecretário de infraestrutura da Secretaria de Saúde, Isaque Albuquerque, explicou que a montagem das instalações já começaram no domingo (29/03).
“A gente está averiguando todas as instalações pré-existentes para que a gente faça as adequações e entre no critério de uma instalação hospitalar para operacionalizar o serviço assistencial. Até sexta-feira, teremos um protótipo de como ficará o leito individualmente para que a gente possa aprovar com a equipe que vai fazer o serviço ao doente e aplicar para os 200 leitos”, afirmou.
Ainda segundo Albuquerque, o intuito é de que a equipe assistencial tenha um campo visual amplo. Qualquer paciente será imediatamente visualizado pela equipe. “Também deixaremos pelo menos três fileiras de cadeiras, com extensão de mais de 50 metros, abertas. Para que os pacientes possam pegar o sol da manhã e ter uma renovação de ar diferente do ambiente hospitalar. A ideia é tornar o tratamento mais humano e permitir que circule mas áreas da arquibancada”, ressaltou.