“O que é seu está guardado”, ameaçou preso por aterrorizar ex-mulher

Mesmo com medidas protetivas, inconformado com a separação, um homem xingou, ameaçou, bateu e invadiu a casa da ex-companheira na Cidade Ocidental (GO), no Entorno do Distrito Federal. ” “Pode me aguardar, porque o que é seu está guardado”, disse o investigado em uma das agressões.

Após denúncia, da própria vítima, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu preventivamente o investigado na quarta-feira (9/4) por ameaça, injúria, dano qualificado, e descumprimento de medida protetiva, além da contravenção penal de vias de fato, praticados contra sua ex-companheira.

Em fevereiro de 2025, a vítima procurou a Delegacia de Polícia de Cidade Ocidental e denunciou ter sido alvo de ameaças e injúrias perpetradas pelo seu ex-companheiro, com o qual teve relacionamento amoroso por longo período de tempo. O investigado não se conforma com o fim do relacionamento.

A vítima contou ter sido abordada em via pública pelo seu ex-companheiro. O investigado estaria indignado com um suposto relacionamento amoroso da mulher com outra pessoa. Segundo a PCGO, ele a xingou de “vagabunda, piranha”, além de ameaçá-la.

Temendo pela sua segurança, a vítima requereu medidas protetivas de urgência, as quais foram devidamente deferidas. Dentre as medidas concedidas, estava a proibição de que o suspeito se aproximasse ou mantivesse contato com a vítima por qualquer meio, inclusive pelas redes sociais.

Invasão

Mesmo diante das medidas protetivas aplicadas, a vítima foi novamente alvo de agressões perpetradas por seu ex-companheiro. Em 16 de março, o suspeito invadiu a residência da mulher. Novamente, proferiu xingamentos e  acusações contra um suposto relacionamento amoroso dela com outra pessoa.

Segundo a denúncia, em evidente situação de descontrole emocional, o investigado agrediu a ex-companheira com três tapas no rosto, além de danificar bens da residência da vítima. A todo tempo, o homem xingava a mulher, chamando-a de “piranha” e “vagabunda”.

A PCGO então solicitou a prisão preventiva do investigado. O Poder Judiciário acolheu o pleito. Durante o cumprimento do mandado, o suspeito resistiu à prisão, entrando em luta corporal com uma das policiais civis. Ela conseguiu conter o agressor e conduzi-lo à Delegacia de Polícia.

Após o cumprimento do mandado de prisão, o investigado foi encaminhado à unidade prisional local, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário. Ele responderá pelos crimes de descumprimento de medida protetiva de urgência, injúria, dano qualificado, ameaça, e resistência, além da contravenção penal de vias de fato.

Denuncie

A população pode ajudar a Polícia Civil é combater a violência contra a mulher. Denúncias podem ser feitas, com sigilo garantido, pelo 197.