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Os dois aquecem um ao outro nas noites mais frias. “Ele sente frio, a gente dorme no mesmo canto, ele fica no meu pé”, explicou o morador de rua. O risco à vida dessa população mobilizou o trabalho de voluntários, que, com os termômetros batendo recordes de baixas de temperaturas, reforçaram campanhas para doações de agasalhos, cobertas e outros vestuários para o frio. 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A população vulnerável também ganhou gorros e cobertores. “Um grupo distribui dentro da cracolândia para quem não consegue sair de lá para comer. Todos estão reclamando demais do frio, sempre existe o risco de choque hipotérmico”, explicou o fundador e presidente da ONG, Henrique França. ONG Salve a Si distribuiu chocolate quente e quentinhas no Setor Comercial Sul Marivaldo da Silva, 52, que mora na rua há 26 anos, ele não sentia o frio que ele ou esta semana “há muitos anos”. “Para a gente que mora na rua, essa coisas acontecem. São coisas da natureza. Pode ser o aquecimento global ou só uma frente fria, mas muita gente [mais nova] nunca ou um frio desses”, comentou. Ele conta que não enfrentou a madrugada de quinta-feira no pior cenário possível. Para o dia mais frio da história de Brasília, Marivaldo juntou três cobertores. “Consegui dois cobertor [sic], um lençol e depois encontrei outro cobertor. 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Agora que tenho outra coberta”, comemorou, mostrando o tecido de lã dado pelos voluntários da ONG Salve a Si. No entanto, quando questionado sobre como se sentia, por ter de viver na rua o dia de frio, desabafou: “Me sinto um nada. Na verdade, é como se a gente fosse invisível na sociedade. Sociedade hipócrita. Essa é minha forma de pensar”, protestou Fábio. Arrecadação de casacos e outras ações O perigo causado pelo frio, em especial para a população de rua, continua no Distrito Federal. O Inmet emitiu alerta amarelo, para o potencial perigo de geadas na capital das 4h da madrugada desta sexta-feira (20/5) até as 8h da manhã. Assim, ONGs e o próprio governo se mobilizam para ajudar a população vulnerável. A Salve a Si, que organizou a ação dessa quinta, vai lançar uma campanha nos próximos dias. “Vamos fazer um trabalho de madrugada, que é quando mais a população em situação de rua precisa de ajuda para esquentar. 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As doações podem ser feitas até 17 de junho, em todas as unidades da corporação. 9 imagensFechar modal.1 de 9Termômetros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registraram 9,9°C, em 18 de maio de 2023Rafaela Felicciano/Metrópoles2 de 9O índice foi registrado na Estação Meteorológica do GamaRafaela Felicciano/Metrópoles3 de 9No Plano Piloto, a menor temperatura registrada nesta manhã foi de 5,1°CRafaela Felicciano/Metrópoles4 de 9Café serviu para espantar o frioRafaela Felicciano/Metrópoles5 de 9Haja café para se esquentarRafaela Felicciano/Metrópoles6 de 9Pessoas em situação de rua se abrigam no terminal rodoviárioRafaela Felicciano/Metrópoles7 de 9Quem saiu de casa cedo não dispensou casaco, gorro e luvasRafaela Felicciano/Metrópoles8 de 9Pessoas aglomeradas para se proteger do frio, na Rodoviária do Plano PilotoRafaela Felicciano/Metrópoles9 de 9DF registrou nesta quinta-feira (19/5) a menor temperatura da história: 1,4ºCRafaela Felicciano/Metrópoles Outra iniciativa de arrecadação de roupa de frio é movida pelo grupo Inspiração, que junta cobertores em uma campanha relâmpago, devido à urgência da situação. A iniciativa busca doações via Pix para comprar 150 cobertas no valor de R$ 24, cada. Para doar, basta depositar na chave Pix bethyhabbema@gmail.com, que receberá contribuições até esta sexta-feira (20/5). Após o valor ser arrecadado e investido na campanha, a organizadora, Elizabeth Habbema, fará uma prestação de contas, detalhando como o montante foi utilizado. A ONG BSB Invisível também começou a campanha contra o frio. A mobilização tenta arrecadar dinheiro para a compra de cobertores e moletons nunca usados. As doações podem ser feitas pelo Pix 39.826.188/0001-67 até julho. As entregas começaram e estão ocorrendo durante a noite, em diversos pontos da capital federal. Contato da organização: Maria Baqui, (61) 98151-5503. Além dos moletons, estão sendo entregues cobertores, também novos. Em 2021, a campanha entregou 400 moletons e mais de 1 mil cobertores para a população em situação de rua. O mesmo ocorre no projeto solidário Pão com Ovo. 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Dia mais frio da história castiga sem-tetos no DF: “Mãos congeladas”

Pessoas em situação de rua contam como aram a madrugada mais fria já registrada na capital. População vulnerável conta com ajuda de ONGs

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Matheus Veloso/Metrópoles
silhuetas se abrigam perto de fogo
1 de 1 silhuetas se abrigam perto de fogo - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

Nessa quinta-feira (19/5), a capital registrou o dia mais frio de sua história, quando termômetros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) marcaram 1,4ºC na estação meteorológica do Gama. A queda na temperatura esta semana, ocasionada por uma onda de ar polar, colocou em alerta a população do Distrito Federal por risco potencial à saúde. Vulnerável, a população em situação de rua é a mais afetada.

“A hora que vi que tava frio de verdade foi quando acordei, fui puxar o carrinho, mas não conseguia, a mão tava congelada”, contou Jonas Pereira, 23 anos. Questionado sobre a melhor maneira de encarar o frio, o jovem explica que a única forma é “se virar do jeito que dá”. Para a madrugada desta sexta-feira, por exemplo, ele planejava montar um barraco de papelão para cortar o vento.

Há cinco anos nas ruas, Jonas agradece a companhia do seu melhor amigo, o cachorro Bob. Os dois aquecem um ao outro nas noites mais frias. “Ele sente frio, a gente dorme no mesmo canto, ele fica no meu pé”, explicou o morador de rua.

O risco à vida dessa população mobilizou o trabalho de voluntários, que, com os termômetros batendo recordes de baixas de temperaturas, reforçaram campanhas para doações de agasalhos, cobertas e outros vestuários para o frio. Jonas era um dos que estavam no Setor Comercial Sul (SCS) na noite dessa quinta-feira, em busca dessa ajuda.

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Entidade quis ajudar pessoas em situação de rua
Pessoas em vulnerabilidade sofrem com o frio na capital
Ação de ONG ofereceu corte de cabelo para pessoas em situação de rua
Os sem-tetos puderam tomar banho quente no Setor Comercial Sul
O cachorrinho Bob, companheiro de Jonas Pereira, 23 anos
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ONG organizou doações de casacos no Setor Comercial Sul

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Entidade quis ajudar pessoas em situação de rua

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Pessoas em vulnerabilidade sofrem com o frio na capital

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Ação de ONG ofereceu corte de cabelo para pessoas em situação de rua

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Os sem-tetos puderam tomar banho quente no Setor Comercial Sul

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O cachorrinho Bob, companheiro de Jonas Pereira, 23 anos

Matheus Veloso/Metrópoles

De acordo com a ONG Salve a Si, que organizou a ação, foram distribuídas 500 quentinhas. Além disso, os voluntários ofereceram serviços de corte de cabelo e banho quente, com água na temperatura de 40ºC. A população vulnerável também ganhou gorros e cobertores.

“Um grupo distribui dentro da cracolândia para quem não consegue sair de lá para comer. Todos estão reclamando demais do frio, sempre existe o risco de choque hipotérmico”, explicou o fundador e presidente da ONG, Henrique França.

copos brancos com líquido marrom
ONG Salve a Si distribuiu chocolate quente e quentinhas no Setor Comercial Sul

Marivaldo da Silva, 52, que mora na rua há 26 anos, ele não sentia o frio que ele ou esta semana “há muitos anos”. “Para a gente que mora na rua, essa coisas acontecem. São coisas da natureza. Pode ser o aquecimento global ou só uma frente fria, mas muita gente [mais nova] nunca ou um frio desses”, comentou.

Ele conta que não enfrentou a madrugada de quinta-feira no pior cenário possível. Para o dia mais frio da história de Brasília, Marivaldo juntou três cobertores. “Consegui dois cobertor [sic], um lençol e depois encontrei outro cobertor. Felizmente estou com saúde,  trabalhando durante o dia, ganhando meu dinheiro”, comemora o homem.

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Fábio Rodrigues, 44, aguentou a noite "na marra"
Objetos disponíveis banho de pessoas em situação de rua
Homem recebe chocolate quente de voluntária
Pessoas em situação de rua fazem fila para receber agasalhos
Em acampamentos no Plano Piloto, moradores de rua recorrem a fogueiras para espantar o frio
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Marivaldo, que mora na rua desde 1996, diz que esse foi o maior frio que sentiu "em muitos anos"

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Fábio Rodrigues, 44, aguentou a noite "na marra"

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Objetos disponíveis banho de pessoas em situação de rua

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Homem recebe chocolate quente de voluntária

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Pessoas em situação de rua fazem fila para receber agasalhos

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Em acampamentos no Plano Piloto, moradores de rua recorrem a fogueiras para espantar o frio

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Morador de rua

Mas nem todos os sem-tetos têm a mesma sorte ou experiência. Em situação de rua há dois anos, Fábio Rodrigues, 44, afirma que ou o dia mais frio do ano “na marra”, assim como todo mundo. “Hoje facilitou. Agora que tenho outra coberta”, comemorou, mostrando o tecido de lã dado pelos voluntários da ONG Salve a Si.

No entanto, quando questionado sobre como se sentia, por ter de viver na rua o dia de frio, desabafou: “Me sinto um nada. Na verdade, é como se a gente fosse invisível na sociedade. Sociedade hipócrita. Essa é minha forma de pensar”, protestou Fábio.

Arrecadação de casacos e outras ações

O perigo causado pelo frio, em especial para a população de rua, continua no Distrito Federal. O Inmet emitiu alerta amarelo, para o potencial perigo de geadas na capital das 4h da madrugada desta sexta-feira (20/5) até as 8h da manhã.

Assim, ONGs e o próprio governo se mobilizam para ajudar a população vulnerável. A Salve a Si, que organizou a ação dessa quinta, vai lançar uma campanha nos próximos dias. “Vamos fazer um trabalho de madrugada, que é quando mais a população em situação de rua precisa de ajuda para esquentar. Se em maio já está assim, imagina como vai ser no inverno”, pondera Henrique França.

Campanhas arrecadam agasalhos no Distrito Federal. Veja como doar

Mas não só o terceiro setor que arregaça as mangas. A partir da próxima segunda-feira (23/5), o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) promove a “Campanha Agasalho Solidário 2022”. Os interessados poderão deixar a doação em qualquer quartel operacional da corporação, bem como no centro de capacitação física e na academia de bombeiros, ambos no Setor Policial Sul, além do quartel do comando-geral, no Setor de istração Municipal.

O foco da campanha será a arrecadação de agasalhos e cobertores, mas também receberá lençóis, roupas e calçados.

Assim como os bombeiros, a Polícia Militar do DF (PMDF) também está com campanha do agasalho aberta. As doações podem ser feitas até 17 de junho, em todas as unidades da corporação.

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O índice foi registrado na Estação Meteorológica do Gama
No Plano Piloto, a menor temperatura registrada nesta manhã foi de 5,1°C
Café serviu para espantar o frio
Haja café para se esquentar
Pessoas em situação de rua se abrigam no terminal rodoviário
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Termômetros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registraram 9,9°C, em 18 de maio de 2023

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O índice foi registrado na Estação Meteorológica do Gama

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No Plano Piloto, a menor temperatura registrada nesta manhã foi de 5,1°C

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Café serviu para espantar o frio

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Haja café para se esquentar

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Pessoas em situação de rua se abrigam no terminal rodoviário

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Quem saiu de casa cedo não dispensou casaco, gorro e luvas

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Pessoas aglomeradas para se proteger do frio, na Rodoviária do Plano Piloto

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DF registrou nesta quinta-feira (19/5) a menor temperatura da história: 1,4ºC

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Outra iniciativa de arrecadação de roupa de frio é movida pelo grupo Inspiração, que junta cobertores em uma campanha relâmpago, devido à urgência da situação. A iniciativa busca doações via Pix para comprar 150 cobertas no valor de R$ 24, cada. Para doar, basta depositar na chave Pix bethyhabbema@gmail.com, que receberá contribuições até esta sexta-feira (20/5). Após o valor ser arrecadado e investido na campanha, a organizadora, Elizabeth Habbema, fará uma prestação de contas, detalhando como o montante foi utilizado.

A ONG BSB Invisível também começou a campanha contra o frio. A mobilização tenta arrecadar dinheiro para a compra de cobertores e moletons nunca usados. As doações podem ser feitas pelo Pix 39.826.188/0001-67 até julho. As entregas começaram e estão ocorrendo durante a noite, em diversos pontos da capital federal. Contato da organização: Maria Baqui, (61) 98151-5503.

Além dos moletons, estão sendo entregues cobertores, também novos. Em 2021, a campanha entregou 400 moletons e mais de 1 mil cobertores para a população em situação de rua.

O mesmo ocorre no projeto solidário Pão com Ovo. O grupo arrecada fundos pelo Pix 384.870.122-72, para a compra de 5 mil cobertores.

O grupo No Setor entra no terceiro ano da campanha “Aqueça Vidas”. As doações de cobertores, agasalhos, calças, meias, tênis, chinelos e órios para o frio, como cachecol, touca e luva, podem ser feitas em diversos pontos de coleta. Confira:

  • Águas Claras – Jajá (61) 99432-9889;
  • Asa Norte – Hellen (61) 98242-0205;
  • Cruzeiro Velho – Maria (61) 98103-8489;
  • Guará 2 – Sandra (61) 99690-8046;
  • Jardim Botânico – Higo (61) 99139-0085;
  • Santa Maria – Ítalo (61) 98364-9565;
  • UnB – Mariana (61) 99333-5821;
  • Vicente Pires – Letícia (61) 99228-2682.

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