Cuidadora condenada por roubar idosa de 87 anos escolhe nova profissão
Condenada em 2ª instância, a ré cumpre pena em regime aberto e, atualmente, trabalha como corretora de imóveis
atualizado
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Aline dos Santos Joaquim, de 46 anos, ex-cuidadora condenada por dopar, agredir e roubar uma idosa de 87 anos no Distrito Federal, agora trabalha como corretora de imóveis em Brasília. Nas redes sociais, ela aparece fazendo anúncios de apartamentos, casas e lançamentos em bairros como Águas Claras, Noroeste e Guará, sem qualquer menção ao seu histórico criminal ou à recente condenação judicial.
O caso envolve a apropriação de mais de R$ 200 mil em bens da vítima, além de maus-tratos e uma tentativa de transferir um imóvel para seu próprio nome. Aline foi investigada após uma apuração ter apontado saques indevidos, uso de cheques e cartões da idosa, além de tentativas de assumir a posse do carro e do apartamento da vítima.
Regime aberto
A Justiça entendeu que Aline poderia cumprir a pena de 2 anos e 4 meses de reclusão e 2 meses de detenção em regime aberto, substituindo a prisão por penas restritivas de direitos, como prestação de serviços ou outras obrigações, além do pagamento de indenização de R$ 200 mil à família da vítima.
A idosa foi resgatada pelos familiares e acolhida por sobrinhas na cidade de Fortaleza, no Ceará. No entanto, ela faleceu por causas naturais aos 90 anos, antes de acompanhar o desfecho final do caso.
A decisão ainda não é definitiva. Aline pode recorrer da condenação criminal ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além do processo criminal, há uma ação de prestação de contas movida pela família da vítima, na qual eles venceram em primeira instância, mas Aline recorreu e o caso aguarda decisão em segunda instância.
Outro desdobramento do caso envolve o ex-namorado de Aline, que entrou com um pedido de usucapião do veículo que foi financiado em nome da idosa e segue insistindo no processo.
O ex-namorado de Aline, inclusive, teve prestações da faculdade que fazia pagas com dinheiro da aposentadoria da idosa.
Em nota, a defesa declara que ela é corretora de imóveis há mais de 14 anos. Segundo ela, a idosa mencionada na reportagem era como sua mãe de coração e todas as decisões tomadas em vida foram feitas de forma consciente e legítima. Ela alega estar sendo injustamente acusada por familiares que se mantiveram ausentes ao longo dos anos e agora tentam deslegitimar sua relação com a senhora para obter vantagens indevidas. A mulher reforça que responde a um processo que ainda tramita sob segredo de justiça e que seus advogados já estão adotando as medidas legais cabíveis para preservar sua honra.
