Com 98% da capacidade, HBDF relata falta de sedativos e até de aventais
Documento ao qual Metrópoles teve o indica que um colapso no sistema pode ocorrer nas próximas horas caso estoque não seja normalizado
atualizado
Compartilhar notícia

Com a chegada da chamada segunda onda da pandemia de Covid-19 no Distrito Federal, a principal unidade de saúde do Distrito Federal está com o estoque de insumos em estado de alerta. Documento obtido pelo Metrópoles revela a preocupação da direção do Hospital de Base (HBDF), istrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF).
No documento, o médico Lucas Seixas, responsável pela unidade, indica que o desabastecimento “está crítico e que não há previsão de renovação do contrato de fornecimento regular e, desta forma, há risco imediato de falta de medicamentos e material nas próximas 24 horas”. O texto informa que o HBDF está “com 98% de nossa capacidade e com oito pacientes aguardando leitos de UTI Covid-19”.
No ofício encaminhado à Subsecretaria de Logística, da Secretaria de Saúde, o gestor aponta que o cenário depender da demanda de internação e procedimentos emergenciais nas UTIs Covid-19 e não Covid-19, “colocando em risco os pacientes em praticamente todos os locais de internação, pois aumentaria a morbimortalidade pela diminuição da segurança mínima necessárias nesses locais”.
Para tentar reverter a situação, Seixas solicita o empréstimo de opióides, sedativos, além de relaxantes musculares, todos com estoque praticamente zerados na unidade de referência. Esses medicamentos são indispensáveis para procedimentos emergenciais de pacientes em estado de saúde considerados mais graves.
Na lista de fórmulas, estão: fentanil, alfentanil, sulfentanil, propofol, midazolan, pancurônio, rocurônio, atracúrio e cisatracúrio. Além disso, o gestor informa desabastecimento também de aventais, lençóis descartáveis, detergente e placa de bisturi.
Veja trechos do documento:
O que diz o Iges-DF?
Em nota, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) disse que a Secretaria de Saúde fez reposição de parte dos estoques de insumos do Hospital de Base para garantir a segurança dos pacientes internados até a próxima semana. “Já foi solicitada a compra emergencial dos medicamentos e materiais que estão faltando para que a qualidade da assistência seja garantida”, informou.