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Morador de Sobradinho, o vigilante de 33 anos usa diariamente a bicicleta no trajeto de 32 quilômetros entre sua casa e o Supremo Tribunal Federal (STF), onde trabalha. Enquanto as intervenções do Trevo de Triagem Norte (TTN) avançam, nem sinal de que haverá ciclovias no local. “A gente vê pistas sendo alargadas a todo vapor e nada para melhorar a vida de quem escolheu se locomover sem carro”, reclama. O projeto original do TTN, finalizado e licitado no fim da gestão de Agnelo Queiroz (PT), não previa nenhum espaço destinado aos ciclistas. Em 2016, a pedido da ONG Rodas da Paz, do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHG-DF) e do Conselho Comunitário da Asa Norte, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) exigiu que o Governo do Distrito Federal (GDF) revisasse o plano. O MPDFT recomendou a construção de ciclovias no conjunto de obras formado por pontes, viadutos e túneis feitos para distribuir o fluxo de veículos com destino ao Plano Piloto, levando-os ao Eixo Rodoviário Norte-Sul (Eixão), à W3, aos Eixinhos Leste e Oeste e à Via L2.     Leia também Transporte Ciclovias am a ser obrigatórias em novos projetos do sistema viário do DF Águas Claras Moradores de Águas Claras protestam por melhor mobilidade urbana Obra GDF anuncia pacote de obras com ciclovia na EPTG, arelas e pontes Distrito Federal Bike Tour ganha adeptos, mas visitantes criticam estado das atrações Para atender aos anseios dos moradores, dos ciclistas e da Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) adaptou a proposta e incluiu pistas exclusivas para quem usa bicicleta. Veja o projeto revisado abaixo:   Apesar de a alteração ter sido feita há mais de um ano, as ciclovias ainda só existem na prancheta. O receio de quem pedala é de que a construção seja finalizada e os ciclistas fiquem a ver navios. Já se ou mais de um ano e nada foi feito até agora. Estamos com medo de as obras acabarem sem as cicloviasUirá Lourenço, servidor público, ciclista e autor do blog Brasília para Pessoas Diante da situação, um grupo de ciclistas decidiu protestar, espalhando cartazes ao longo da Saída Norte, onde se concentram as obras. Um dos dizeres, irônico, rebatizou as intervenções de “Terrível Trevo Norte”. Agora, o MPDFT, por meio da Prourb, anunciou que irá novamente requisitar esclarecimentos à Secretaria de Mobilidade (Semob). 11 imagensFechar modal.1 de 11Na Saída Norte, obra do Trevo de Triagem Norte (TTN) não contemplou ciclistas até o momentoRafaela Felicciano/Metrópoles2 de 11Por essa razão, ciclistas dividem o espaço com veículos que trafegam em altas velocidadesRafaela Felicciano/Metrópoles3 de 11Na Rodoviária do Plano Piloto, a ciclofaixa está praticamente apagada e é ocupada por táxis e caminhões de carga e descargaRafaela Felicciano/Metrópoles4 de 11Na região central da cidade, falta de continuidade da ciclovia do Eixo Monumental obriga pessoas a pedalar entre carrosRafaela Felicciano/Metrópoles5 de 11A ciclovia do Eixo Monumental tem iluminação precária. No fim de 2017, um doutorando da Universidade de Brasília foi assassinado no localIgo Estrela/Metrópoles6 de 11Família de Uirá Lourenço reclama da descontinuidade das ciclovias e da falta de educação de motoristasRafaela Felicciano/Metrópoles7 de 11Crianças aplicam \"multas cidadãs\" a motoristas infratoresRafaela Felicciano/Metrópoles8 de 11Uirá Lourenço9 de 11Em protesto contra a falta de espaços adequados para bicicletas, um grupo realizou uma manifestação perto das obras do TTNUirá Lourenço10 de 11Nessa manifestação, feita em 18 de junho, ciclistas cobraram as ciclovias no Trevo de Triagem NorteUirá Lourenço/Arquivo pessoal11 de 11Os ciclistas alertam o governo: ciclovias reduzem as mortes no trânsitoUirá Lourenço/Arquivo pessoal   Problemas no DF inteiro Não apenas ciclistas ando pela BR-020 sofrem com a ausência de locais seguros para pedalar. Por todo o Distrito Federal, milhares de pessoas se arriscam todos os dias ao montarem em bicicletas. No coração de Brasília, a ciclovia que corta o Eixo Monumental está em boas condições, mas o problema é a precária iluminação pública. O funcionário público Márcio Simões, 46 anos, de segunda a sexta-feira sai de Taguatinga, onde mora, e pedala rumo ao Ministério da Educação, seu local de trabalho. O trajeto, feito em cerca de 1 hora e 15 minutos, é recheado de adversidades. Embora a Estrada Parque Taguatinga (EPTG) seja o trajeto mais curto, o servidor prefere seguir pela Estrutural, que tem acostamentos mais largos. Na volta para casa, além de dividir o espaço com carros na maior parte do caminho, ele a com medo pelo canteiro central do Eixo Monumental. Em busca de menos riscos, Márcio prefere fazer o percurso de ida e volta na companhia do bancário Keilisson Ronchi, 38. O maior temor dos dois no local é se tornarem vítimas de assaltantes. “É muito escuro. Se alguém mal-intencionado estiver à espreita, somos alvos fáceis”, relata Márcio. Keilisson ainda conta que, após o assassinato do doutorando em física da Universidade de Brasília (UnB) e ciclista Arlon Fernando da Silva, 29 anos, o GDF instalou alguns postes, mas apenas perto de onde o crime ocorreu. “Parece que quiseram apenas dar uma resposta pontual. O restante da ciclovia continua mal iluminada e extremamente perigosa.” O estudante foi executado a facadas em 7 de dezembro de 2017, quando pedalava na ciclovia, na altura da Câmara Legislativa. Pouco mais de um mês depois, a Polícia Civil prendeu o suspeito de ter cometido o latrocínio. Falta de fiscalização Na 708 Norte, a falta de senso de coletividade atrapalha quem trafega pela ciclovia que circunda o UniCeub, onde motoristas costumam estacionar justamente na pista exclusiva para bicicletas. Sem alternativas e com tímida repressão do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), quem pedala não vê outra alternativa a não ser desviar para a faixa de rolamento e se arriscar em meio aos carros. O servidor público Uirá Lourenço costuma deixar os filhos na escola de bicicleta. Todos vão pedalando. Segundo ele, sob o argumento de que faltam vagas, condutores acabam tirando o espaço das bicicletas. “Cansei de ligar e mandar e-mail para o Detran, mas praticamente não há respostas. É indignante, frustrante”, lamenta. Sem retorno do poder público, Uirá e os filhos criaram uma forma criativa de protestar. Os garotos andam com “multas cidadãs”, que são sermões escritos pelas crianças em folhas de caderno e deixados nos vidros dos automóveis dos infratores. “Foi a forma que encontramos de constranger e ao mesmo tempo despertar a consciência de quem faz esse tipo de coisa”, explica. Programa +Bike Em agosto de 2017, o GDF anunciou o Plano de Ciclomobilidade de Brasília, o +Bike. Pelas projeções, a capital receberia mais 280 quilômetros de ciclovias até o fim de 2018. Outro objetivo seria resolver o problema da descontinuidade entre as ciclofaixas da cidade, conectando várias regiões do Distrito Federal. Quase um ano depois, pouco foi executado. Até agora, foram entregues 32 quilômetros de ciclovias no DF inteiro. O investimento foi de R$ 14 milhões no período, incluindo nesse gasto as novas ciclofaixas, que somam 22,9 quilômetros. O plano mais ambicioso, a construção da ciclovia da EPTG, caminha a os de tartaruga. A entrega da obra foi anunciada para janeiro. Depois, prometida para julho deste ano e, agora, o governo deu um novo prazo: o segundo semestre de 2018. O descaso com quem se locomove por meio da bicicleta também se manifesta com o abandono das ciclovias existentes. Na maior e mais populosa cidade do Distrito Federal, Ceilândia, não é preciso rodar muito para se encontrar espaço para bikes em condições degradantes. Na altura da QNN 17, uma parte da faixa especial desapareceu devido ao grande movimento de veículos que trafegam por cima dela. O transtorno é motivado pelo projeto malfeito da ciclovia, que a exatamente na entrada do movimentado Posto de Saúde nº 6 da região istrativa. Sem alternativas para chegar à unidade de saúde, motoristas são obrigados a dirigir por um trecho da ciclovia. O estudante universitário Hugo Souza, 22 anos, conta que acidentes são comuns no local. “Como já conheço, redobro a atenção nesse ponto, mas pessoas inexperientes constantemente são atingidas por carros que entram de uma vez na ciclovia, em direção ao posto”, diz o rapaz. O estudante universitário Hugo Souza, 22 anos, reclama da situação precária de uma das ciclovias de Ceilândia Norte   Na mesma ciclovia, Hugo pedala e vai apontando falhas no piso. São buracos, rachaduras e ausência de sinalização. “Vieram fazer manutenção na rede, abriram buracos gigantescos na ciclovia e nunca voltaram para arrumar. É um desafio andar de bicicleta por aqui”. Na vizinha Taguatinga, na altura da QND 50, a ciclovia é praticamente intransitável em alguns pontos, fazendo com que muitos ciclistas optem por circular nas vias. 9 imagensFechar modal.1 de 9Na altura da QNN 17, em Ceilândia Norte, a ciclovia está repleta de buracosRafaela Felicciano/Metrópoles2 de 9Ciclistas encontram dificuldades de ar pelo localRafaela Felicciano/Metrópoles3 de 9Sem manutenção permanente, pista para bikes se deterioraRafaela Felicciano/Metrópoles4 de 9Na entrada do Posto de Saúde nº 6, carros trafegam por cima da cicloviaRafaela Felicciano/Metrópoles5 de 9Uma ameaça para quem pedala no lugarRafaela Felicciano/Metrópoles6 de 9Na altura do Setor Habitacional Lúcio Costa, máquinas chegaram a fazer a terraplanagem, mas não houve continuidadeRafaela Felicciano/Metrópoles7 de 9A entrega da ciclovia da EPTG já foi adiada duas vezesRafaela Felicciano/Metrópoles8 de 9A obra caminha a os lentosRafaela Felicciano/Metrópoles9 de 9Na QND 50, em Taguatinga, um bloco de concreto que servia para impedir o o de carros à ciclovia foi retiradoRafaela Felicciano/Metrópoles   Perigo na Rodoviária O +Bike também mirava proteger quem anda de bicicleta na Rodoviária do Plano Piloto. Até houve um esboço de iniciativa para se minimizar os riscos no local, mas durou pouco. A ciclovia do Eixo Monumental termina na entrada do terminal. Quem precisa atravessá-la e seguir pela Esplanada dos Ministérios é obrigado a fazer isso em meio ao intenso trânsito de ônibus, táxis e caminhões de descarga. Uma ciclofaixa chegou a ser pintada ao longo do meio-feio, mas ela está apagada, quase invisível. Para piorar, é ocupada por táxis e caminhões de distribuição de produtos. Com o espaço “roubado”, resta aos ciclistas redobrarem a atenção para não serem atropelados. O servidor público e coordenador-geral do Rodas da Paz, Bruno Leite, 37 anos, denuncia o descaso com quem não usa o carro como meio de transporte na capital do país. Os governantes decidiram que a cidade deve ser motorizada. Nos sentimos cada vez menos contemplados na política de mobilidade urbana do DFBruno Leite, servidor público e coordenador geral da ONG Rodas da Paz Na Rodoviária do Plano Piloto, ciclistas se arriscam em meio a ônibus, táxis e caminhões de carga e descarga   O outro lado Sobre a ausência de ciclovias na Saída Norte, o Departamento de Estradas de Rodagem disse que, até novembro deste ano, serão abertos nove quilômetros de pistas exclusivas para bicicletas na região. O GDF ainda garantiu que até dezembro deste ano conseguirá entregar à população 218 quilômetros de ciclovias. Atualmente, o Distrito Federal conta com 465 quilômetros. Apesar da promessa, apenas 65 quilômetros estão em obras. Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Receba notícias do Distrito Federal no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo. Basta ar o canal de notícias do Metrópoles DF. 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Ciclovias em mau estado ameaçam segurança de quem pedala no DF

Falta de iluminação, pisos com rachaduras e descontinuidade de pistas exclusivas para bikes estão entre as principais queixas de quem pedala

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Ciclovia sem iluminação no eixo monumental
1 de 1 Ciclovia sem iluminação no eixo monumental - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Bruno Ângelo de Moura a desconfiado pelo complexo de obras rodoviárias no fim da Asa Norte. Morador de Sobradinho, o vigilante de 33 anos usa diariamente a bicicleta no trajeto de 32 quilômetros entre sua casa e o Supremo Tribunal Federal (STF), onde trabalha. Enquanto as intervenções do Trevo de Triagem Norte (TTN) avançam, nem sinal de que haverá ciclovias no local. “A gente vê pistas sendo alargadas a todo vapor e nada para melhorar a vida de quem escolheu se locomover sem carro”, reclama.

O projeto original do TTN, finalizado e licitado no fim da gestão de Agnelo Queiroz (PT), não previa nenhum espaço destinado aos ciclistas. Em 2016, a pedido da ONG Rodas da Paz, do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHG-DF) e do Conselho Comunitário da Asa Norte, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) exigiu que o Governo do Distrito Federal (GDF) revisasse o plano.

O MPDFT recomendou a construção de ciclovias no conjunto de obras formado por pontes, viadutos e túneis feitos para distribuir o fluxo de veículos com destino ao Plano Piloto, levando-os ao Eixo Rodoviário Norte-Sul (Eixão), à W3, aos Eixinhos Leste e Oeste e à Via L2.

 

 

Para atender aos anseios dos moradores, dos ciclistas e da Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) adaptou a proposta e incluiu pistas exclusivas para quem usa bicicleta.

Veja o projeto revisado abaixo:

 

Apesar de a alteração ter sido feita há mais de um ano, as ciclovias ainda só existem na prancheta. O receio de quem pedala é de que a construção seja finalizada e os ciclistas fiquem a ver navios.

Já se ou mais de um ano e nada foi feito até agora. Estamos com medo de as obras acabarem sem as ciclovias

Uirá Lourenço, servidor público, ciclista e autor do blog Brasília para Pessoas

Diante da situação, um grupo de ciclistas decidiu protestar, espalhando cartazes ao longo da Saída Norte, onde se concentram as obras. Um dos dizeres, irônico, rebatizou as intervenções de “Terrível Trevo Norte”.

Agora, o MPDFT, por meio da Prourb, anunciou que irá novamente requisitar esclarecimentos à Secretaria de Mobilidade (Semob).

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Por essa razão, ciclistas dividem o espaço com veículos que trafegam em altas velocidades
Na Rodoviária do Plano Piloto, a ciclofaixa está praticamente apagada e é ocupada por táxis e caminhões de carga e descarga
Na região central da cidade, falta de continuidade da ciclovia do Eixo Monumental obriga pessoas a pedalar entre carros
A ciclovia do Eixo Monumental tem iluminação precária. No fim de 2017, um doutorando da Universidade de Brasília foi assassinado no local
Família de Uirá Lourenço reclama da descontinuidade das ciclovias e da falta de educação de motoristas
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Na Saída Norte, obra do Trevo de Triagem Norte (TTN) não contemplou ciclistas até o momento

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Por essa razão, ciclistas dividem o espaço com veículos que trafegam em altas velocidades

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Na Rodoviária do Plano Piloto, a ciclofaixa está praticamente apagada e é ocupada por táxis e caminhões de carga e descarga

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Na região central da cidade, falta de continuidade da ciclovia do Eixo Monumental obriga pessoas a pedalar entre carros

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A ciclovia do Eixo Monumental tem iluminação precária. No fim de 2017, um doutorando da Universidade de Brasília foi assassinado no local

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Família de Uirá Lourenço reclama da descontinuidade das ciclovias e da falta de educação de motoristas

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Crianças aplicam "multas cidadãs" a motoristas infratores

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Uirá Lourenço
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Em protesto contra a falta de espaços adequados para bicicletas, um grupo realizou uma manifestação perto das obras do TTN

Uirá Lourenço
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Nessa manifestação, feita em 18 de junho, ciclistas cobraram as ciclovias no Trevo de Triagem Norte

Uirá Lourenço/Arquivo pessoal
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Os ciclistas alertam o governo: ciclovias reduzem as mortes no trânsito

Uirá Lourenço/Arquivo pessoal

 

Problemas no DF inteiro
Não apenas ciclistas ando pela BR-020 sofrem com a ausência de locais seguros para pedalar. Por todo o Distrito Federal, milhares de pessoas se arriscam todos os dias ao montarem em bicicletas. No coração de Brasília, a ciclovia que corta o Eixo Monumental está em boas condições, mas o problema é a precária iluminação pública.

O funcionário público Márcio Simões, 46 anos, de segunda a sexta-feira sai de Taguatinga, onde mora, e pedala rumo ao Ministério da Educação, seu local de trabalho. O trajeto, feito em cerca de 1 hora e 15 minutos, é recheado de adversidades. Embora a Estrada Parque Taguatinga (EPTG) seja o trajeto mais curto, o servidor prefere seguir pela Estrutural, que tem acostamentos mais largos.

Na volta para casa, além de dividir o espaço com carros na maior parte do caminho, ele a com medo pelo canteiro central do Eixo Monumental. Em busca de menos riscos, Márcio prefere fazer o percurso de ida e volta na companhia do bancário Keilisson Ronchi, 38.

O maior temor dos dois no local é se tornarem vítimas de assaltantes. “É muito escuro. Se alguém mal-intencionado estiver à espreita, somos alvos fáceis”, relata Márcio.

Keilisson ainda conta que, após o assassinato do doutorando em física da Universidade de Brasília (UnB) e ciclista Arlon Fernando da Silva, 29 anos, o GDF instalou alguns postes, mas apenas perto de onde o crime ocorreu. “Parece que quiseram apenas dar uma resposta pontual. O restante da ciclovia continua mal iluminada e extremamente perigosa.”

O estudante foi executado a facadas em 7 de dezembro de 2017, quando pedalava na ciclovia, na altura da Câmara Legislativa. Pouco mais de um mês depois, a Polícia Civil prendeu o suspeito de ter cometido o latrocínio.

Falta de fiscalização
Na 708 Norte, a falta de senso de coletividade atrapalha quem trafega pela ciclovia que circunda o UniCeub, onde motoristas costumam estacionar justamente na pista exclusiva para bicicletas.

Sem alternativas e com tímida repressão do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), quem pedala não vê outra alternativa a não ser desviar para a faixa de rolamento e se arriscar em meio aos carros.

O servidor público Uirá Lourenço costuma deixar os filhos na escola de bicicleta. Todos vão pedalando. Segundo ele, sob o argumento de que faltam vagas, condutores acabam tirando o espaço das bicicletas. “Cansei de ligar e mandar e-mail para o Detran, mas praticamente não há respostas. É indignante, frustrante”, lamenta.

Sem retorno do poder público, Uirá e os filhos criaram uma forma criativa de protestar. Os garotos andam com “multas cidadãs”, que são sermões escritos pelas crianças em folhas de caderno e deixados nos vidros dos automóveis dos infratores. “Foi a forma que encontramos de constranger e ao mesmo tempo despertar a consciência de quem faz esse tipo de coisa”, explica.

Programa +Bike
Em agosto de 2017, o GDF anunciou o Plano de Ciclomobilidade de Brasília, o +Bike. Pelas projeções, a capital receberia mais 280 quilômetros de ciclovias até o fim de 2018. Outro objetivo seria resolver o problema da descontinuidade entre as ciclofaixas da cidade, conectando várias regiões do Distrito Federal.

Quase um ano depois, pouco foi executado. Até agora, foram entregues 32 quilômetros de ciclovias no DF inteiro. O investimento foi de R$ 14 milhões no período, incluindo nesse gasto as novas ciclofaixas, que somam 22,9 quilômetros.

O plano mais ambicioso, a construção da ciclovia da EPTG, caminha a os de tartaruga. A entrega da obra foi anunciada para janeiro. Depois, prometida para julho deste ano e, agora, o governo deu um novo prazo: o segundo semestre de 2018.

O descaso com quem se locomove por meio da bicicleta também se manifesta com o abandono das ciclovias existentes. Na maior e mais populosa cidade do Distrito Federal, Ceilândia, não é preciso rodar muito para se encontrar espaço para bikes em condições degradantes. Na altura da QNN 17, uma parte da faixa especial desapareceu devido ao grande movimento de veículos que trafegam por cima dela.

O transtorno é motivado pelo projeto malfeito da ciclovia, que a exatamente na entrada do movimentado Posto de Saúde nº 6 da região istrativa. Sem alternativas para chegar à unidade de saúde, motoristas são obrigados a dirigir por um trecho da ciclovia.

O estudante universitário Hugo Souza, 22 anos, conta que acidentes são comuns no local. “Como já conheço, redobro a atenção nesse ponto, mas pessoas inexperientes constantemente são atingidas por carros que entram de uma vez na ciclovia, em direção ao posto”, diz o rapaz.

Rafaela Felicciano/Metrópoles
O estudante universitário Hugo Souza, 22 anos, reclama da situação precária de uma das ciclovias de Ceilândia Norte

 

Na mesma ciclovia, Hugo pedala e vai apontando falhas no piso. São buracos, rachaduras e ausência de sinalização. “Vieram fazer manutenção na rede, abriram buracos gigantescos na ciclovia e nunca voltaram para arrumar. É um desafio andar de bicicleta por aqui”.

Na vizinha Taguatinga, na altura da QND 50, a ciclovia é praticamente intransitável em alguns pontos, fazendo com que muitos ciclistas optem por circular nas vias.

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Ciclistas encontram dificuldades de ar pelo local
Sem manutenção permanente, pista para <i>bikes</i> se deteriora
Na entrada do Posto de Saúde nº 6, carros trafegam por cima da ciclovia
Uma ameaça para quem pedala no lugar
Na altura do Setor Habitacional Lúcio Costa, máquinas chegaram a fazer a terraplanagem, mas não houve continuidade
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Na altura da QNN 17, em Ceilândia Norte, a ciclovia está repleta de buracos

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Ciclistas encontram dificuldades de ar pelo local

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Sem manutenção permanente, pista para bikes se deteriora

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Na entrada do Posto de Saúde nº 6, carros trafegam por cima da ciclovia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Uma ameaça para quem pedala no lugar

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Na altura do Setor Habitacional Lúcio Costa, máquinas chegaram a fazer a terraplanagem, mas não houve continuidade

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A entrega da ciclovia da EPTG já foi adiada duas vezes

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A obra caminha a os lentos

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Na QND 50, em Taguatinga, um bloco de concreto que servia para impedir o o de carros à ciclovia foi retirado

Rafaela Felicciano/Metrópoles

 

Perigo na Rodoviária
O +Bike também mirava proteger quem anda de bicicleta na Rodoviária do Plano Piloto. Até houve um esboço de iniciativa para se minimizar os riscos no local, mas durou pouco.

A ciclovia do Eixo Monumental termina na entrada do terminal. Quem precisa atravessá-la e seguir pela Esplanada dos Ministérios é obrigado a fazer isso em meio ao intenso trânsito de ônibus, táxis e caminhões de descarga.

Uma ciclofaixa chegou a ser pintada ao longo do meio-feio, mas ela está apagada, quase invisível. Para piorar, é ocupada por táxis e caminhões de distribuição de produtos. Com o espaço “roubado”, resta aos ciclistas redobrarem a atenção para não serem atropelados.

O servidor público e coordenador-geral do Rodas da Paz, Bruno Leite, 37 anos, denuncia o descaso com quem não usa o carro como meio de transporte na capital do país.

Os governantes decidiram que a cidade deve ser motorizada. Nos sentimos cada vez menos contemplados na política de mobilidade urbana do DF

Bruno Leite, servidor público e coordenador geral da ONG Rodas da Paz
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Na Rodoviária do Plano Piloto, ciclistas se arriscam em meio a ônibus, táxis e caminhões de carga e descarga

 

O outro lado
Sobre a ausência de ciclovias na Saída Norte, o Departamento de Estradas de Rodagem disse que, até novembro deste ano, serão abertos nove quilômetros de pistas exclusivas para bicicletas na região.

O GDF ainda garantiu que até dezembro deste ano conseguirá entregar à população 218 quilômetros de ciclovias. Atualmente, o Distrito Federal conta com 465 quilômetros. Apesar da promessa, apenas 65 quilômetros estão em obras.

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