{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Metrópoles", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/metropolesdf", "https://twitter.com/Metropoles" ], "logo": { "@type": "ImageObject", "@id": "/#logo", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "contentUrl": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "caption": "Metrópoles", "inLanguage": "pt-BR", "width": "2560", "height": "2560" } }, { "@type": "WebSite", "@id": "/#website", "url": "", "name": "Metrópoles", "publisher": { "@id": "/#organization" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "ImageObject", "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2018%2F02%2F13163053%2FTCDF-divulga-relat%25C3%25B3rio-que-condena-o-programa-Pr%25C3%25B3-DF-II-14.jpg", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2018%2F02%2F13163053%2FTCDF-divulga-relat%25C3%25B3rio-que-condena-o-programa-Pr%25C3%25B3-DF-II-14.jpg", "width": "839", "height": "560", "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "WebPage", "@id": "/distrito-federal/auditoria-constata-fracasso-do-pro-df-e-pede-suspensao-do-programa#webpage", "url": "/distrito-federal/auditoria-constata-fracasso-do-pro-df-e-pede-suspensao-do-programa", "datePublished": "2018-02-19T05:21:36-03:00", "dateModified": "2018-02-19T12:21:43-03:00", "isPartOf": { "@id": "/#website" }, "primaryImageOfPage": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2018%2F02%2F13163053%2FTCDF-divulga-relat%25C3%25B3rio-que-condena-o-programa-Pr%25C3%25B3-DF-II-14.jpg" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "Person", "@id": "/author/ian-ferraz", "name": "Ian Ferraz", "url": "/author/ian-ferraz", "worksFor": { "@id": "/#organization" } }, { "@type": "NewsArticle", "datePublished": "2018-02-19T12:21:43-03:00", "dateModified": "2018-02-19T12:21:43-03:00", "author": { "@id": "/author/ian-ferraz", "name": "Ian Ferraz" }, "publisher": { "@id": "/#organization" }, "@id": "/distrito-federal/auditoria-constata-fracasso-do-pro-df-e-pede-suspensao-do-programa#richSnippet", "isPartOf": { "@id": "/distrito-federal/auditoria-constata-fracasso-do-pro-df-e-pede-suspensao-do-programa#webpage" }, "image": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2018%2F02%2F13163053%2FTCDF-divulga-relat%25C3%25B3rio-que-condena-o-programa-Pr%25C3%25B3-DF-II-14.jpg" }, "inLanguage": "pt-BR", "mainEntityOfPage": { "@id": "/distrito-federal/auditoria-constata-fracasso-do-pro-df-e-pede-suspensao-do-programa#webpage" }, "articleBody": "Criado para aquecer a economia do Distrito Federal, a segunda etapa do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do DF (Pró-DF II) fracassou e tem custado caro aos cofres públicos. É o que aponta relatório de auditoria do Tribunal de Contas do DF (TCDF). Segundo a Corte, entre uma série de problemas identificados, houve insignificante geração de empregos, renda, receita tributária e desenvolvimento econômico e social. As conclusões do TCDF mostram que apenas 12% das empresas estão funcionando nos moldes previstos pela Lei n° 3.196/2003, que criou o Pró-DF II. A maioria dos imóveis construídos ou utilizados para o programa teve desvio de funcionalidade: 71% deles hoje estão destinados à locação, o que não poderia ocorrer. Leia também Economia Pró-DF é aprovado e deve regularizar 35% das empresas beneficiadas Distrito Federal Acabou a farra. Secretaria promete licitar lotes do Pró-DF de empresários que não cumpriram metas Economia GDF quer manter no Pró-DF empresas que não atingirem meta de empregos A série de fracassos não para por aí. Hoje, o número de postos de trabalho nas empresas cadastradas na iniciativa é inferior ao registrado no período em que elas aderiram ao programa e fica aquém de concorrentes que não estão inseridas no Pró-DF II. Diante dessa realidade, o TCDF determinou a suspensão do programa até a sua completa reformulação e a concessão de novos benefícios. Quem já foi contemplado não será afetado, uma vez que tem o direito adquirido. O Pró-DF, que hoje está na sua terceira etapa, foi lançado em 2003 com incentivos fiscais para empresas que se comprometessem a gerar empregos. Em alguns casos, houve até a concessão de terrenos. No entanto, foi um programa repleto de confusões, irregularidades, contratos falsos e mudança da destinação inicial do terreno sem autorização do governo. 18 imagensFechar modal.1 de 18O Pró-DF foi lançado em 2003 com incentivos fiscais para empresas que se comprometessem a gerar empregosHugo Barreto/Metrópoles2 de 18Em alguns casos, houve até a concessão de terrenos Hugo Barreto/Metrópoles3 de 18No entanto, o programa, que já está na sua terceira versão, sempre foi repleto de irregularidades Hugo Barreto/Metrópoles4 de 18Um dos principais problemas é a mudança da destinação da área sem autorização do GDF Hugo Barreto/Metrópoles5 de 18Hoje, é comum ver placas do Pró-DF em locais onde deveria haver empreendimentosHugo Barreto/Metrópoles6 de 18Em vez de comércio em funcionamento, há placas de \"aluga-se\"Hugo Barreto/Metrópoles7 de 18Segundo o TCDF, apenas 12% das empresas estão funcionando nos moldes previstos pela Lei n° 3.196/2003, que criou o Pró-DF IIHugo Barreto/Metrópoles8 de 18A maioria dos imóveis construídos ou utilizados para o programa teve desvio de funcionalidadeHugo Barreto/Metrópoles9 de 18O TCDF apurou que 71% deles estão hoje destinados à locação, o que não poderia ocorrerHugo Barreto/Metrópoles10 de 18Diante dessa realidade, o TCDF determinou a suspensão do programa até a sua completa reformulação e a concessão de novos benefíciosHugo Barreto/Metrópoles11 de 18Quem já foi contemplado não será afetado, uma vez que tem o direito adquiridoHugo Barreto/Metrópoles12 de 18O descaso com o Pró-DF II mostra que, para cada R$ 1 investido, houve apenas R$ 0,51 de incremento na arrecadação tributária Hugo Barreto/Metrópoles13 de 18Com terrenos, financiamentos e cartas de crédito, foram empenhados R$ 5,2 bilhões entre 2004 e 2014Hugo Barreto/Metrópoles14 de 18Na avaliação da Corte de Contas, esse dinheiro não retornou em benfeitorias para a populaçãoHugo Barreto/Metrópoles15 de 18A lista de mazelas no relatório de 134 páginas do TCDF contém uma tabela com dezenas de empresas que gozaram de benefícios do programa, ganharam descontos consideráveis e encerraram as atividades em poucos meses Hugo Barreto/Metrópoles16 de 18Há casos nos quais uma empresa que durou apenas nove meses recebeu descontos que somaram R$ 210.870,94. Outra, com apenas quatro meses de vida, teve abatimento de R$ 73.922,56 em impostos e outros benefíciosHugo Barreto/Metrópoles17 de 18Agora, o TCDF cobra do governo local que sejam estabelecidos diretrizes e objetivos estratégicos de curto, médio e longo prazoHugo Barreto/Metrópoles18 de 18Em 2011, o programa chegou a ser alvo de uma I na Câmara LegislativaHugo Barreto/Metrópoles   Retorno pífio ao erário O descaso com o Pró-DF II mostra que, para cada R$ 1 investido, houve apenas R$ 0,51 de incremento na arrecadação tributária. Com terrenos, financiamentos e cartas de crédito, foram empenhados R$ 5,2 bilhões entre 2004 e 2014 – dinheiro que não retornou em benfeitorias para a população. O saldo negativo aponta ainda que o custo para o GDF de cada emprego mantido por quatro anos no Pró-DF II ultraou R$ 160 mil, o suficiente para manter um trabalhador com salário mínimo (R$ 954) por mais de 11 anos. A consequência da omissão do GDF é que os programas surgiram e têm sido executados como um fim em si mesmos, sem preocupação com os resultados efetivamente alcançados e os custos ados pelo erário distrital.Trecho do relatório final de auditoria do TCDF Fracasso industrial Essas e outras falhas foram avaliadas e detalhadas minuciosamente pelo Tribunal de Contas. A Corte indicou e alertou, a diferentes gestões do governo local, os problemas na condução do Pró-DF II. Além de os problemas não terem sido sanados, eles se perpetuaram no programa Ideas Industrial. Criado em 2013, por meio da Lei nº 5.017, a iniciativa previa, segundo definição do texto legal, “financiamento que tem por objetivo promover o desenvolvimento econômico de atividades produtivas do Distrito Federal por meio da ampliação da capacidade da economia local na produção e na distribuição de bens e serviços e na efetiva geração de emprego e renda”. Como as metas, segundo o TCDF, não foram cumpridas, o Ideas Industrial foi incluído no mesmo relatório de auditoria do Pró-DF II por ter problemas similares. Para o professor de istração e políticas públicas do Ibmec-DF José Simões, essas ações de fomento promovidas pelo GDF guardam similaridades que comprometem a execução desde a largada. O programa nasce errado, com um erro fundamental: sem objetivos. A partir desse início natimorto, todo o restante é desastre, pois não há como estabelecer metas e ser avaliado. Nasceu condenado ao fracasso e mostra o total descaso com o dinheiro público.José Simões, especialista em gestão pública Descontos milionários A lista de mazelas no relatório de 134 páginas contém uma tabela com dezenas de empresas que gozaram de benefícios do programa, ganharam descontos consideráveis e encerraram as atividades em poucos meses. Há casos nos quais uma empresa que durou apenas nove meses recebeu descontos que somaram R$ 210.870,94. Outra, com apenas quatro meses de vida, teve abatimento de R$ 73.922,56 em impostos e outros benefícios. Quando se percorre as ruas do Distrito Federal para ver como as empresas inscritas no Pró-DF têm aproveitado os benefícios concedidos pelo governo para se desenvolverem e gerarem empregos, o que se vê são placas enferrujadas, portões fechados e abandono. Há imóveis disponíveis para aluguel e outros com desvio de função: fábricas e galpões que viraram apartamentos. Em Ceilândia, por exemplo, em um espaço onde deveria existir área comercial, há apartamentos de dois quartos para serem alugados por R$ 750 mensais. Nessa mesma área na Região istrativa, o mato alto e a degradação tomam conta do local que era para estar plenamente desenvolvido, segundo as metas do governo. Ali, porém, poucas empresas funcionam. Quem mantém o próprio negócio ativo também reclama. Dona de um restaurante em Ceilândia, Matilde Maria Pereira Silva chegou a ter seis funcionários, conforme previsto como contrapartida no Pró-DF. Agora, devido às dificuldades, o negócio é tocado apenas por familiares. “O movimento é muito baixo aqui, então muitas empresas não conseguem se manter. Eles [governo] exigem muitas coisas”, reclama. Cobranças do TCDF A resposta que o TCDF espera do governo local é clara: a Corte pede que o GDF estabeleça diretrizes e objetivos estratégicos de curto, médio e longo prazo; mensure resultados, fixe metas e levante a situação atual dos beneficiados. Em suma, o tribunal quer respostas para o porquê de haver tanta ajuda do governo e pouco retorno e fiscalização. Essas demandas vêm sendo feitas ao longo dos anos, mas ignoradas completa ou parcialmente, como aponta o relatório do TCDF. Procurado pela reportagem para comentar o relatório da Corte de Contas, o GDF não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem. O programa Alguns casos emblemáticos marcaram a história do Pró-DF. Em 2011, a Câmara Legislativa instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (I) para investigar irregularidades em contratos. Em 2015, no primeiro ano do atual governo, foram analisados 3,5 mil processos istrativos. Naquele ano, a comissão identificou que cerca de 1,6 mil cartas-consulta estavam paradas e 1,4 mil processos tramitavam na Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) sem acompanhamento do órgão responsável. No entanto, a I foi encerrada no ano seguinte sem apontar indiciados. O relatório final se limitou a apresentar sugestões ao GDF, para que o governo “corrigisse imperfeições no programa”. Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Receba notícias do Distrito Federal no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo. Basta ar o canal de notícias do Metrópoles DF. Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre o Distrito Federal por meio do WhatsApp do Metrópoles DF: (61) 9119-8884.", "keywords": "terracap, BRB, Sedes", "headline": "Auditoria constata fracasso do Pró-DF II e pede suspensão do programa", "locationCreated": { "@type": "Place", "name": "Brasília, Distrito Federal, Brasil", "geo": { "@type": "GeoCoordinates", "latitude": "-15.7865938", "longitude": "-47.8870338" } } } ] }Auditoria constata fracasso do Pró-DF II e pede suspensão do programa | Metrópolesbody { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

Auditoria constata fracasso do Pró-DF II e pede suspensão do programa

TCDF aponta desvios de funcionalidade de imóveis, baixa geração de empregos e prejuízo aos cofres públicos na segunda etapa da iniciativa

atualizado

metropoles.com

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
Brasília (DF), 09/02/2018  TCDF divulga relatório que condena
1 de 1 Brasília (DF), 09/02/2018 TCDF divulga relatório que condena - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Criado para aquecer a economia do Distrito Federal, a segunda etapa do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do DF (Pró-DF II) fracassou e tem custado caro aos cofres públicos. É o que aponta relatório de auditoria do Tribunal de Contas do DF (TCDF). Segundo a Corte, entre uma série de problemas identificados, houve insignificante geração de empregos, renda, receita tributária e desenvolvimento econômico e social.

As conclusões do TCDF mostram que apenas 12% das empresas estão funcionando nos moldes previstos pela Lei n° 3.196/2003, que criou o Pró-DF II. A maioria dos imóveis construídos ou utilizados para o programa teve desvio de funcionalidade: 71% deles hoje estão destinados à locação, o que não poderia ocorrer.

A série de fracassos não para por aí. Hoje, o número de postos de trabalho nas empresas cadastradas na iniciativa é inferior ao registrado no período em que elas aderiram ao programa e fica aquém de concorrentes que não estão inseridas no Pró-DF II.

Diante dessa realidade, o TCDF determinou a suspensão do programa até a sua completa reformulação e a concessão de novos benefícios. Quem já foi contemplado não será afetado, uma vez que tem o direito adquirido.

O Pró-DF, que hoje está na sua terceira etapa, foi lançado em 2003 com incentivos fiscais para empresas que se comprometessem a gerar empregos. Em alguns casos, houve até a concessão de terrenos. No entanto, foi um programa repleto de confusões, irregularidades, contratos falsos e mudança da destinação inicial do terreno sem autorização do governo.

18 imagens
Em alguns casos, houve até a concessão de terrenos
No entanto, o programa, que já está na sua terceira versão, sempre foi repleto de irregularidades
Um dos principais problemas é a mudança da destinação da área sem autorização do GDF
Hoje, é comum ver placas do Pró-DF em locais onde deveria haver empreendimentos
Em vez de comércio em funcionamento, há placas de "aluga-se"
1 de 18

O Pró-DF foi lançado em 2003 com incentivos fiscais para empresas que se comprometessem a gerar empregos

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 18

Em alguns casos, houve até a concessão de terrenos

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 18

No entanto, o programa, que já está na sua terceira versão, sempre foi repleto de irregularidades

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 18

Um dos principais problemas é a mudança da destinação da área sem autorização do GDF

Hugo Barreto/Metrópoles
5 de 18

Hoje, é comum ver placas do Pró-DF em locais onde deveria haver empreendimentos

Hugo Barreto/Metrópoles
6 de 18

Em vez de comércio em funcionamento, há placas de "aluga-se"

Hugo Barreto/Metrópoles
7 de 18

Segundo o TCDF, apenas 12% das empresas estão funcionando nos moldes previstos pela Lei n° 3.196/2003, que criou o Pró-DF II

Hugo Barreto/Metrópoles
8 de 18

A maioria dos imóveis construídos ou utilizados para o programa teve desvio de funcionalidade

Hugo Barreto/Metrópoles
9 de 18

O TCDF apurou que 71% deles estão hoje destinados à locação, o que não poderia ocorrer

Hugo Barreto/Metrópoles
10 de 18

Diante dessa realidade, o TCDF determinou a suspensão do programa até a sua completa reformulação e a concessão de novos benefícios

Hugo Barreto/Metrópoles
11 de 18

Quem já foi contemplado não será afetado, uma vez que tem o direito adquirido

Hugo Barreto/Metrópoles
12 de 18

O descaso com o Pró-DF II mostra que, para cada R$ 1 investido, houve apenas R$ 0,51 de incremento na arrecadação tributária

Hugo Barreto/Metrópoles
13 de 18

Com terrenos, financiamentos e cartas de crédito, foram empenhados R$ 5,2 bilhões entre 2004 e 2014

Hugo Barreto/Metrópoles
14 de 18

Na avaliação da Corte de Contas, esse dinheiro não retornou em benfeitorias para a população

Hugo Barreto/Metrópoles
15 de 18

A lista de mazelas no relatório de 134 páginas do TCDF contém uma tabela com dezenas de empresas que gozaram de benefícios do programa, ganharam descontos consideráveis e encerraram as atividades em poucos meses

Hugo Barreto/Metrópoles
16 de 18

Há casos nos quais uma empresa que durou apenas nove meses recebeu descontos que somaram R$ 210.870,94. Outra, com apenas quatro meses de vida, teve abatimento de R$ 73.922,56 em impostos e outros benefícios

Hugo Barreto/Metrópoles
17 de 18

Agora, o TCDF cobra do governo local que sejam estabelecidos diretrizes e objetivos estratégicos de curto, médio e longo prazo

Hugo Barreto/Metrópoles
18 de 18

Em 2011, o programa chegou a ser alvo de uma I na Câmara Legislativa

Hugo Barreto/Metrópoles

 

Retorno pífio ao erário
O descaso com o Pró-DF II mostra que, para cada R$ 1 investido, houve apenas R$ 0,51 de incremento na arrecadação tributária. Com terrenos, financiamentos e cartas de crédito, foram empenhados R$ 5,2 bilhões entre 2004 e 2014 – dinheiro que não retornou em benfeitorias para a população.

O saldo negativo aponta ainda que o custo para o GDF de cada emprego mantido por quatro anos no Pró-DF II ultraou R$ 160 mil, o suficiente para manter um trabalhador com salário mínimo (R$ 954) por mais de 11 anos.

A consequência da omissão do GDF é que os programas surgiram e têm sido executados como um fim em si mesmos, sem preocupação com os resultados efetivamente alcançados e os custos ados pelo erário distrital.

Trecho do relatório final de auditoria do TCDF

Fracasso industrial
Essas e outras falhas foram avaliadas e detalhadas minuciosamente pelo Tribunal de Contas. A Corte indicou e alertou, a diferentes gestões do governo local, os problemas na condução do Pró-DF II.

Além de os problemas não terem sido sanados, eles se perpetuaram no programa Ideas Industrial. Criado em 2013, por meio da Lei nº 5.017, a iniciativa previa, segundo definição do texto legal, “financiamento que tem por objetivo promover o desenvolvimento econômico de atividades produtivas do Distrito Federal por meio da ampliação da capacidade da economia local na produção e na distribuição de bens e serviços e na efetiva geração de emprego e renda”.

Como as metas, segundo o TCDF, não foram cumpridas, o Ideas Industrial foi incluído no mesmo relatório de auditoria do Pró-DF II por ter problemas similares.

Para o professor de istração e políticas públicas do Ibmec-DF José Simões, essas ações de fomento promovidas pelo GDF guardam similaridades que comprometem a execução desde a largada.

O programa nasce errado, com um erro fundamental: sem objetivos. A partir desse início natimorto, todo o restante é desastre, pois não há como estabelecer metas e ser avaliado. Nasceu condenado ao fracasso e mostra o total descaso com o dinheiro público.

José Simões, especialista em gestão pública

Descontos milionários
A lista de mazelas no relatório de 134 páginas contém uma tabela com dezenas de empresas que gozaram de benefícios do programa, ganharam descontos consideráveis e encerraram as atividades em poucos meses. Há casos nos quais uma empresa que durou apenas nove meses recebeu descontos que somaram R$ 210.870,94. Outra, com apenas quatro meses de vida, teve abatimento de R$ 73.922,56 em impostos e outros benefícios.

Quando se percorre as ruas do Distrito Federal para ver como as empresas inscritas no Pró-DF têm aproveitado os benefícios concedidos pelo governo para se desenvolverem e gerarem empregos, o que se vê são placas enferrujadas, portões fechados e abandono. Há imóveis disponíveis para aluguel e outros com desvio de função: fábricas e galpões que viraram apartamentos.

Em Ceilândia, por exemplo, em um espaço onde deveria existir área comercial, há apartamentos de dois quartos para serem alugados por R$ 750 mensais. Nessa mesma área na Região istrativa, o mato alto e a degradação tomam conta do local que era para estar plenamente desenvolvido, segundo as metas do governo. Ali, porém, poucas empresas funcionam.

Quem mantém o próprio negócio ativo também reclama. Dona de um restaurante em Ceilândia, Matilde Maria Pereira Silva chegou a ter seis funcionários, conforme previsto como contrapartida no Pró-DF. Agora, devido às dificuldades, o negócio é tocado apenas por familiares. “O movimento é muito baixo aqui, então muitas empresas não conseguem se manter. Eles [governo] exigem muitas coisas”, reclama.

Cobranças do TCDF
A resposta que o TCDF espera do governo local é clara: a Corte pede que o GDF estabeleça diretrizes e objetivos estratégicos de curto, médio e longo prazo; mensure resultados, fixe metas e levante a situação atual dos beneficiados.

Em suma, o tribunal quer respostas para o porquê de haver tanta ajuda do governo e pouco retorno e fiscalização. Essas demandas vêm sendo feitas ao longo dos anos, mas ignoradas completa ou parcialmente, como aponta o relatório do TCDF.

Procurado pela reportagem para comentar o relatório da Corte de Contas, o GDF não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.

O programa
Alguns casos emblemáticos marcaram a história do Pró-DF. Em 2011, a Câmara Legislativa instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (I) para investigar irregularidades em contratos. Em 2015, no primeiro ano do atual governo, foram analisados 3,5 mil processos istrativos.

Naquele ano, a comissão identificou que cerca de 1,6 mil cartas-consulta estavam paradas e 1,4 mil processos tramitavam na Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) sem acompanhamento do órgão responsável.

No entanto, a I foi encerrada no ano seguinte sem apontar indiciados. O relatório final se limitou a apresentar sugestões ao GDF, para que o governo “corrigisse imperfeições no programa”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?