Chega de hipocrisia: vamos amar nossas gordurinhas, celulites e neuras

Uma vez minha irmã me disse: “Você é muito contraditória, fica exaltando a diversidade da beleza nos seus textos, mas vive querendo emagrecer!”. Outra vez, quando fiz a coluna dando dicas de looks para o home office, uma amiga comentou: “Eu não me importo de trabalhar em pantufas”…

E é assim mesmo. Quando a gente fala aqui sobre truques e ideias para dar aquele upgrade, isso vale só para quem está interessado em investir no guarda-roupa. O “estar bonita” é um conceito tão variável quanto tem gente no mundo.

Tudo certo (mesmo!) em querer trabalhar de chinelo em casa. Ou em não se importar com os quilinhos a mais. Aliás, esse seria o mundo ideal, onde todas estivéssemos felizes com nossa aparência.

Acontece que, infelizmente, não somos assim. E por isso buscamos maneiras de valorizar nossas qualidades e disfarçar nossas neurinhas. Eu, Nina, aprendo um pouco mais a aceitar meu corpo cada vez que preciso pesquisar sobre isso para escrever aqui.

Sou perfeitamente normal, saudável, nem magra nem gorda, nem alta nem baixa… E vou aceitando (no meu ritmo) que é ok exibir um pouco de celulite e trimilicar umas gordurinhas quando ponho o biquíni.

E veja bem, não é uma questão de quantidade. Não é ok por que eu tenho “só um pouco” de celulite ou gordura localizada. Mas porque o mundo não é uniforme. E não precisamos almejar ter uma beleza padrão (padrão pra quem mesmo?) se soubermos irar a variedade.

Então, colegues, fica a dica: sejam criteriosas, aprendam a pôr filtro na informação. Dica de estilo não é lei. Dieta da moda não é obrigação. Truque de beleza é só para quem quer. Isso de viver escravo dos ensinamentos das revistas, blogs – ou seja qual for sua fonte de informação preferida – não rola não…