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Reduzir, reutilizar e reciclar. Com a meta de acabar com a poluição plástica no delivery, até 2025, o iFood tem firmado parcerias com cooperativas de reciclagem para dar uma melhor destinação ao lixo produzido dentro das operações. Em menos de um ano, a foodtech evitou o envio de 2,6 mil toneladas de resíduos a aterros sanitários ou lixões a céu aberto do país, dando o destino correto para que sejam reciclados.
Para auxiliar na captação do material reciclável, a empresa implementou cerca de 78 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Os PEVs estão posicionados em locais estratégicos, tanto na periferia das cidades quanto em espaços de grande circulação de pessoas.
“O desafio da redução de plástico a não apenas por reduzir e inovar, mas também por promover a reciclagem e economia circular desse material. Atualmente, o iFood recicla cerca de 400 toneladas de resíduos por mês. Valor maior que cidades como Pedreira e Socorro, por exemplo, que contam com mais de 40 mil habitantes”, ressalta Alexandre Lima, gerente de Sustentabilidade do iFood.
Em São Paulo, a foodtech firmou parceria com a startup Coletando, que tem disponibilizado ecopontos móveis na periferia paulista para a coleta de resíduos recicláveis. Além dessa ação, o Instituto Muda implementou PEVs em condomínios patrocinados para o descarte correto de recicláveis. Todo o material coletado é doado para cooperativas da região.
Já no Rio de Janeiro, a startup Pólen implementou os PEVs ao longo da orla da Zona Sul, contemplando as praias de Ipanema, Leblon, Leme, Copacabana e Arpoador. Pelo menos uma vez ao mês, também promove mutirões de limpeza nas praias, para, além de recolher lixo das areias, conscientizar as pessoas sobre a importância do descarte correto. A Coletando também atua nas periferias cariocas com ecopontos.
Em Salvador, o projeto SO+MA, disponibiliza benefícios às pessoas que destinam resíduos para reciclagem nos pontos SO+MA apoiados pelo iFood, como vouchers no aplicativo. No ano de 2021, foram mais de 200 vouchers distribuídos aos participantes no valor de R$ 5 e R$ 10 para compra de qualquer item no app. O participante recicla com a SO+MA e, ao acumular no mínimo 490 pontos, troca os pontos por descontos no próximo pedido.
Já Fui Bag
Para além da destinação correta dos resíduos gerados nos pedidos de delivery, o iFood implementou o projeto “Já Fui Bag”, que recicla as mochilas térmicas desgastadas dos entregadores parceiros. A iniciativa utiliza da logística reversa para transformar os itens em novos produtos como sacolas, pochetes, bolsas ou são usados para geração de energia em fornos industriais.
O projeto começou em 2019 e conta com parceria das startups GreenPlat, responsável por estruturar a logística de coleta e por dar a destinação correta às mochilas, e com a Retalhar, que transforma as mochilas em novos produtos. Durante o projeto, 141 toneladas de bags foram destinadas para reciclagem pelas ações do “Já Fui Bag”.
A maior parte do material é destinada para a indústria do cimento, onde é convertido em combustível para os fornos de produção do setor e substitui o coque de petróleo. E cerca de 3,6% é enviado para cooperativas de costura, como a Cardume de Mães, para a criação de novos produtos.
Para a coleta das mochilas, o iFood promove mensalmente ações para a troca das bags. Os profissionais parceiros são avisados e recebem uma mochila nova, gratuitamente, ao levar a antiga para os pontos especificados pela foodtech.
O próximo o da foodtech é pensar em criar uma mochila que possa ser melhor aproveitada após o uso para a própria cadeia de delivery. “Nosso desafio é voltar o material para a cadeia de produção e tornar o produto mais eficiente para não ter tanta perda no processo”, pontua Alexandre.
Reciclagem de isopor
Seguindo a mesma linha de logística reversa, a foodtech iniciou um trabalho em parceria com a Trashin para reciclar o isopor utilizado na operação de delivery. Em outubro de 2021, a empresa começou um estudo sobre o cenário de reciclagem desse tipo de material no Brasil e criou três modelos de operação e tecnologias para reaproveitar o produto, que atualmente é destinado aos lixões.
Para avaliar a viabilidade do processo de reciclagem do isopor, a Trashin tem trabalhado com cooperativas parceiras de Brasília e Porto Alegre para testar os modelos de operação, além de avaliar o papel do consumidor no descarte correto desse material e a qualidade do resíduo descartado. Após as validações, a intenção é que o trabalho seja escalado para outras cooperativas parceiras em todo o Brasil.
O iFood ainda tem o Recicla Bot, um chatbot pelo WhatsApp (+55 11 91034-2963), em que o consumidor consegue tirar dúvidas sobre as ações de reciclagem, quais os produtos são recicláveis e os pontos de descarte mais próximos.