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Quando um produto chega ao fim do ciclo, como por exemplo um pacote de chocolate em que o doce já foi consumido, o comum é jogar a embalagem no lixo e esse ser despejado em algum aterro sanitário. Contudo, um outro caminho de destinação dessa embalagem poderá reduzir o desperdício de matéria prima e o impacto ambiental como também favorecer e movimentar uma economia bastante importante chamada: reciclagem.
Por isso, com o objetivo de promover essa transição e fortalecer o modelo de economia circular no Brasil, uma parceria entre a Ambipar – líder global em soluções ambientais – e a Dow Química – uma das principais empresas mundiais de ciência dos materiais – tem avançado em projetos localizados em cidades como Recife (PE) e em municípios do interior paulista que integram o consórcio Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas).
A partir da metodologia criada pela Ambipar dentro do Projeto Cidades Circulares e com o patrocínio da Dow Química, foram treinados 228 profissionais de reciclagem nessas cidades nos três primeiros meses de 2025.
Os integrantes das cooperativas e associações foram capacitados no Protocolo do Plástico, conhecimento técnico que visa a ampliar a separação atualmente feita nas centrais para mais tipos desse polímero, melhorando assim o processo de venda, aumentando a renda de quem comercializa e reduzindo as taxas de rejeito.
Os primeiros dados apontam que houve um crescimento de 162% no preço médio do plástico e o acréscimo de 15 para 25 tipos de plásticos separados nos centros de reciclagem.
“A viabilização do retorno de materiais à indústria após o consumo requer a implementação de um sistema estruturado de logística reversa, um processo essencial para a sustentabilidade e a eficiência na gestão de resíduos”, explica Juliana Navea, diretora de Operações da Unidade de Pós-consumo da Ambipar.
“O primeiro ponto deste fluxo acontece nas Centrais de triagem operados pelas Cooperativas ou Associações de reciclagem. Estas centrais consolidam tudo o que é separado na coleta seletiva domiciliar e são fundamentais para a construção de uma cadeia de reciclagem eficiente e estruturada”, complementa.
Ainda como ação formativa no Cidades Circulares da Ambipar e com o apoio de empresas comprometidas com a estruturação da cadeia da reciclagem no Brasil, como a Heineken Spin na planta de tratamento de vidro em Jaboatão dos Guararapes (PE), a própria Dow, em conjunto com a Tetra Pak e a Companhia Brasileira de Alumínio, incentivam a comercialização dos resíduos aumentando a circularidade.
Um reflexo desse apoio na comercialização e na implantação de protocolos é da cooperativa Recicla Torre, que vem sendo atendida pela metodologia Ambipar, e teve um incremento de renda de mais de 230% saindo da média de R$ 800 para R$ 2.640 após oito meses de atendimento.
Exemplos como a Recicla Torre demonstram o pioneirismo da Ambipar no fortalecimento da gestão, na geração de renda e na promoção de uma economia circular humanizada por meio do modelo de Franquias Sociais — um sistema que padroniza a istração de cooperativas, abrangendo desde técnicas logísticas e qualificação profissional até práticas istrativas.