Musculação, corrida ou crossfit: qual dá mais vontade de transar?
Especialistas explicam como diferentes exercícios podem aumentar o desejo sexual e quando o excesso das práticas pode ser prejudicial
atualizado
Compartilhar notícia
Depois do treino, que tal um cardio na cama? A relação entre exercício físico e libido vai muito além da saúde, ela envolve um equilíbrio delicado que pode interferir, de maneira positiva ou negativa, no desejo sexual.
Musculação, corrida e crossfit, por exemplo, podem aumentar a libido, mas, se levadas ao extremo, essas atividades podem acabar provocando o efeito contrário. Ao Metrópoles, especialistas explicam como funciona essa matemática e qual é a medida certa para alcançar o prazer, dentro e fora da academia.
Entenda, a seguir, as particularidades das principais práticas físicas e os impactos no desejo sexual:
Musculação: a favor da testosterona
A musculação tem um impacto direto na produção de testosterona, hormônio essencial para o desejo sexual, especialmente entre homens. De acordo com o personal trainer Renan Almeida, o treino de força, quando realizado de maneira controlada e com descanso adequado, favorece o aumento do hormônio. “O excesso pode gerar fadiga e reduzir os níveis hormonais”, alerta o profissinal.
Para a sexóloga Tamara W. Zanotelli, esse motivo torna a musculação uma das mais eficazes para estimular a libido. Por fim, segundo a sexóloga Alessandra Araújo, o treino de força ainda fortalece a musculatura, incluindo o assoalho pélvico, o que pode melhorar o desempenho sexual.
Corrida: benefícios e riscos do aeróbico
A corrida, quando praticada de forma moderada, também pode ter efeitos positivos na libido. Araújo explica que os exercícios aeróbicos melhoram a circulação sanguínea, o que facilita a excitação e a resposta sexual. Mas a sexóloga pontua: “quando realizada em intensidades elevadas ou por longas durações, a corrida pode elevar os níveis de cortisol, hormônio do estresse, que tem o poder de reduzir a testosterona e afetar o desejo sexual”.
Na avaliação de Zanotelli, tal atividade física, como exercício aeróbico, libera endorfina, o que melhora o humor e reduz o estresse. Contudo, assim como a musculação, precisa ser praticada com equilíbrio. “O excesso de treino aeróbico pode reduzir a libido, por isso, é importante garantir períodos de descanso adequados”, afirma Almeida.
Crossfit: o limite da alta intensidade
O crossfit, por sua vez, é um exercício de alta intensidade que pode proporcionar grandes benefícios para o condicionamento físico e mental. Contudo, assim como os anteriores, se praticado em excesso pode levar à fadiga extrema e provocar desequilíbrios hormonais, afetando a libido, como ponderam os especialistas. “Embora ele estimule a produção de testosterona, pode levar ao overtraining e à queda de desejo sexual se não for controlado”, afirma o personal trainer.
A sexóloga Tamara W. Zanotelli explica que o crossfit, devido à alta intensidade, pode aumentar o cortisol e reduzir a testosterona, se não for equilibrado com períodos adequados de recuperação.
“O problema não é o exercício em si, mas o excesso. Quando não há um bom descanso e a alimentação não é adequada, o treino pode afetar o bem-estar mental e a libido”.
