Caso Leticia Colin: entenda a queda de desejo sexual pós-parto
Especialista explica questões hormonais e de rotina que fazem ser comum a baixa de libido por grandes períodos após ter um filho
atualizado
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Após uma entrevista sobre maternidade na pandemia, dado ao jornal O Globo, Letícia Colin virou assunto nas redes sociais. A atriz, que deu à luz seu primeiro filho, Uri, no fim de 2019, falou sobre a queda do desejo sexual pós-parto.
“Considero justíssimo não querer transar durante um ano”, afirmou.
Não é a primeira vez que uma famosa relata uma baixa na libido após ter filho. Sabrina Sato já afirmou algumas vezes que a vida sexual depois de dar luz a Zoe foi complicada. “Quando ela fez 10 meses, eu ainda não tinha voltado a ser mulher, não tinha transado direito, não tinha feito nada. Mexe com todos os hormônios”.
Apesar de existirem casos em que a vida sexual segue normalmente depois do parto ou mesmo aumente, não querer transar por certos períodos é mais comum do que se imagina.
“Existe uma queda hormonal brusca, e algumas mulheres sofrem mais com isso do que outras. Além disso, a produção da prolactina, hormônio responsável pela produção de leite, interfere diretamente no desejo sexual”, explica Carolina Freitas, psicóloga especialista em sexualidade do Sexo Sem Dúvidas.
Maternidade modo on
Mesmo que a parte hormonal tenha grande peso, não é só a ela que se deve a perda de desejo sexual. Outro motivo é o próprio momento novo que o casal a a viver, assumindo os papéis de mãe e pai.
“Isso afeta não só a mulher, mas muitas vezes o homem também. E esse redirecionamento, além de comum, é importante, já que nesse período do primeiro ano o bebê precisa de cuidados especiais”, explica Carolina.
Contudo, mesmo não havendo atividade sexual, é importante que a intimidade do casal seja mantida. “Tomar um banho juntos, dormir juntos, carinho e objetivos em comum podem ser mantidos. Se houver isso, não há problema em deixar a atividade sexual de lado por um tempo”, diz.
Retomada
De uma forma geral, não há com o que se preocupar. De acordo com a especialista, o processo de retomada das atividades sexuais é natural a partir do momento em que o casal vai se reorganizando e retomando a função de cônjuges, não só de pais.
“A falta de sexo só precisa ser investigada caso essa retomada não aconteça e esteja acontecendo simulatneamente com possíveis disfunções sexuais, como problemas de ereção e ejaculação, por exemplo”, finaliza.