INSS: ministro alerta aposentados e pensionistas sobre golpe
Ministro da Previdência Social, Lupi a orientações para que pessoas que solicitam benefícios no INSS não caiam nas mãos de golpistas
atualizado
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Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi fez um alerta sobre uma série de golpes sofridos por aposentados e pensionistas do INSS por conta de procurações assinadas pelos próprios beneficiários. De acordo com o ministro, os lesados perdem boa parte do valor do benefício ou até mesmo o valor integral, que acaba parando nas mãos de golpistas. Há, também, casos de contratações de empréstimos feitas no nome do aposentado, sem que ele tenha conhecimento.
Em entrevista à coluna, Lupi recomendou que os aposentados usem apenas o site oficial do INSS para requerer seus direitos. “Tem de tudo. A maioria dos advogados, sérios e honestos, cobram um percentual. Alguns exageram e cobram 30%, 40%. Quer dizer, se você tem que receber um ano, você vai perder um ano desse rendimento. Alguns, mais sensíveis, cobram 10%, a taxa menor que eles cobram”, destacou.
“E tem aqueles que não são advogados, são verdadeiros picaretas. Pegam a procuração para fazer tudo em nome da pessoa. E a pessoa, quando não tem informação, por limitações, muita gente não sabe ler, não sabe escrever, não sabe entrar na plataforma digital, acaba dando a procuração. E o golpista manipula o dinheiro, pega dinheiro emprestado em nome da pessoa sem a pessoa saber. ‘Lembra, você tem uma procuração? Lembra que você autorizou uma associação, um sindicato a pedir? Você assinou’, alertou Lupi.
O ministro recomenda que os beneficiários evitem procurações e escolham pessoas de confiança para serem seus representantes legais junto ao INSS. “Eu sempre aconselho que a população não use intermediário. Não dê procuração assim, fácil. Entre no Meu INSS [meu.inss.gov.br]. Se você não sabe entrar na plataforma, peça para um filho, um neto, um vizinho de boa-fé em quem você confie para entrar. Porque, quando a pessoa a a procuração, muitas não sabem nem o que estão assinando”, afirmou.
Lupi argumenta que os beneficiários que emitiram procurações podem perder até 40% do valor atrasado dos benefícios devido aos intermediários. “Já são 39 dias de espera. Mas, às vezes, por conta dos trâmites, as pessoas esperam um ano, dois anos. E com a procuração nas mãos de alguém, as pessoas perdem 20%, 30%, até 40% do seu rendimento, que tinham a receber de atrasado, no caso em que aram a procuração”, explicou.