Ex-promotor condenado a 76 anos por estuprar filhas deixa a prisão
Ex-promotor de Alagoas condenado por abusar sexualmente de duas filhas e uma enteada vai cumprir pena em prisão domiciliar
atualizado
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O ex-promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo deixou o Presídio Baldomero Cavalcanti, em Alagoas, e ará a cumprir pena em prisão domiciliar. Ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) a 76 anos, em 2015, por estuprar duas filhas e uma enteada, atentado violento ao pudor e produção de material pornográfico infantil. Os crimes foram cometidos entre 1993 e 2003.
O ex-promotor obteve a progressão de regime após cumprir 10 anos e 6 meses de prisão. Agora, deverá usar tornozeleira eletrônica, comparecer ao juízo sempre que convocado e fica proibido de viajar sem autorização. Caso descumpra as medidas cautelares, poderá retornar ao presídio.
O caso foi denunciado pela filha mais velha, em 2006. Ela começou a ser abusada aos 12 anos. À época, a representação criminal foi oferecida pela mãe, Elisabeth Rodrigues Pereira. No ano seguinte, o TJ-AL acolheu a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP-AL) e abriu a ação criminal.
Afastado do cargo de promotor, Carlos Fernando Barbosa de Araújo teve a prisão preventiva decretada, mas foi solto em 2009, por excesso de prazo da sua prisão, que já durava mais de um ano.
Durante o julgamento realizado em 2014 que resultou na condenação, o promotor do MP-AL Antiógenes Lira leu o relato da denunciante, que “era ameaçada e coagida para não denunciá-lo [o pai], mas quando notou que o pai também praticava abusos com outra filha e uma enteada decidiu contar tudo sobre o crime”.
Em 2017, Carlos Fernando Barbosa de Araújo perdeu definitivamente o cargo de promotor e o salário, após o TJ-AL condená-lo por enriquecimento ilícito.