Testemunha que ajudou esposa de delegado relata terror: “Muito sangue”
As vítimas seguem internadas, enquanto o delegado está na ala psiquiátrica do Hospital de Base, onde ará por avaliações
atualizado
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Uma testemunha prestou depoimento à Corregedoria-Geral da Polícia e relatou os momentos de tensão vividos no ataque no Residencial Santa Mônica, no Setor Habitacional Tororó, após o delegado Mikhail Rocha, delegado da Polícia Civil do DF, 46 anos, ter ado por um surto psicótico e baleado três mulheres, incluindo sua esposa.
Segundo ela, momentos antes dos disparos ocorrerem, ouviu Mikhail gritando com o filho, pedindo que ele voltasse para dentro de casa. Depois de cerca de 10 minutos, afirma ter ouvido três a quatro tiros. Ao ouvir gritos vindos da casa da família, a testemunha correu até o local.
“Ele vai matar meu menino”
A testemunha relatou que entrou na casa de Andréa Rodrigues, 40 anos, esposa do delegado Mikhail Rocha, e a encontrou ensanguentada. Andréa contou que havia sido baleada e estava desesperada com a possibilidade do delegado ferir o filho.
“Ela só falava do filho. ‘Ele vai matar meu filho, ele vai matar meu filho. E eu falei que ele não ia matar. Disse que ele o amava e não iria fazer isso.” Aí ela falou assim, “ó, ele também dizia que me amava, mas ele tá vendo coisas há muito tempo, ele tá com perseguição, ele acha que eu sou inimiga dele, entendeu?”, relatou a testemunha.
Na área externa, relata ter encontrado Oscelina Moura Neves de Oliveira, 45 anos, empregada da residência, também ferida, com um tiro no abdômen, ao lado do filho adolescente, que estava em estado de choque. “O menino estava em completo desespero”, disse. Oscelina também pedia ajuda, enquanto a testemunha tentava prestar os primeiros socorros e acionar o pai da vítima, que é médico.
As vítimas seguem internadas, enquanto o delegado está na ala psiquiátrica do Hospital de Base, onde ará por avaliações para determinar seu estado mental.