Saiba por que brasileiro que causou pânico em voo de Paris segue preso
Apesar de não ter antecedentes criminais, o juiz manteve Ricardo Moraes preso para evitar fuga, uma vez que ele não comprovou endereço fixo
atualizado
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Ricardo Bispo Moraes, 45 anos, preso em flagrante nessa quarta-feira (26/3) por tentar abrir a porta do avião em que voltava ao Brasil, após ter a entrada em Paris negada e ser deportado da França, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Na decisão, o Juiz Federal Márcio Martins de Oliveira alegou que a medida se faz necessária para viabilizar a instrução processual e a aplicação da lei penal, uma vez que o preso não apresentou documentações que comprovem a veracidade do endereço fixo alegado por ele.
“Embora o custodiado tenha declarado ter endereço fixo no Brasil, não ter antecedentes criminais, e ter ocupação lícita, não há nos autos ainda comprovação documental do quanto alegado, o que torna, neste momento, a prisão preventiva também necessária para viabilizar a instrução processual e a aplicação da lei penal” , declarou o magistrado
Dessa forma, há risco concreto de que o custodiado possa fugir ou ocultar-se caso seja colocado em liberdade, inviabilizando a prática dos necessários atos de instrução processual e, ao final, a aplicação da lei penal”, finalizou o Juiz.
À Justiça, Ricardo alegou que mora no estado da Bahia (BA) e trabalha como pedreiro. O juiz permitiu que o homem tivesse o ao celular exclusivamente para verificação de agenda telefônica, sob a supervisão de um agente policial.
A prisão
Horas após a decolagem do voo, Ricardo causou tumulto e precisou ser contido pela tripulação com a ajuda de ageiros, depois de tentar abrir uma das portas da aeronave. O comandante acionou a Polícia Federal, que efetuou a prisão do ageiro no desembarque. Segundo relato de testemunhas, os demais ageiros acharam o comportamento de Ricardo estranho e o perceberam muito nervoso, se negando a seguir os avisos da tripulação para se sentar.
Os ageiros ficaram assustado, pois, segundo relatos, Ricardo os encarava e deixava a perna no corredor do avião. Após a tentativa de abrir a porta, ele foi contido pela tripulação, com a ajuda de alguns ageiros, e fixado, com o auxílio de algemas, à sua poltrona.