Repúdio: arquidiocese se pronuncia sobre ataques de policiais ao papa
A arquidiocese disse que “ato que incentive o desrespeito, a intolerância ou o ódio está em desacordo com os valores do Evangelho”
atualizado
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A Arquidiocese de Belém do Pará (PA) emitiu nota de repúdio acerca das mensagens compartilhadas entre militares da Polícia Militar do Pará após o anúncio da morte do Papa Francisco. Dois policiais militares utilizaram um grupo da corporação para celebrar o falecimento do pontífice com frases ofensivas e de cunho ideológico.
Procurada pela coluna, a arquidiocese se pronunciou dizendo “que não tomou conhecimento prévio do conteúdo mencionado e repudia veementemente qualquer manifestação que vá de encontro aos princípios cristãos, especialmente aquelas que desrespeitam a dignidade da pessoa humana e a memória de líderes religiosos.”

“Independentemente da autoria, todo e qualquer ato que incentive o desrespeito, a intolerância ou o ódio está em desacordo com os valores do Evangelho, que nos chama à paz, à caridade e ao respeito mútuo”, continou a instituição.
A Arquidiocese de Belém terminou a nota declarando que “reafirma o compromisso com a promoção da fraternidade, do diálogo e da verdade, especialmente em tempos que exigem união e empatia.”
Entenda o caso
Mensagens vazadas em um grupo interno da Polícia Militar do Pará geraram indignação dentro e fora da corporação. Após a morte do papa Francisco no domingo (20/4), dois policiais militares utilizaram um grupo da corporação para celebrar o falecimento do pontífice com frases ofensivas e de cunho ideológico.
Em uma das mensagens, um PM compartilha a imagem do papa com a frase: “Menos um comunista na terra”. A publicação é endossada por outro colega, que responde: “Já vai tarde”. Em seguida, um terceiro completa: “O único homem santo que viveu entre nós foi Jesus”.
As declarações polêmicas coincidem com o luto oficial decretado no Pará pelo governador Helder Barbalho, em homenagem ao papa Francisco, conhecido mundialmente por seu papel na promoção da paz, do diálogo entre religiões e da justiça social.
A coluna procurou a Polícia Militar do Pará, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.